O elefante macho Jamba, do zoológico de Belo Horizonte, passará pelo processo de taxidermia — também conhecido como empalhamento — e deve ser exposto no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. A informação foi divulgada pela instituição nesta sexta-feira (27). O animal, de 29 anos, morreu na tarde dessa quinta-feira (26).
Conforme o Museu, a taxidermia — processo de limpeza e preparo das espécies para fins educativos e de pesquisa — é feita pelo Centro Técnico Operacional da instituição. Futuramente o elefante fará parte da exposição para educação ambiental e letramento científico.
“O setor é composto por biólogos, auxiliares técnicos e um artista plástico, responsáveis pela fabricação e manutenção de réplicas, montagem das exposições, taxidermia e coleção de mamíferos”, escreveu a universidade, em nota.
A medida é uma parceria entre a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB) e a PUC Minas, que recebe animais que morreram por causas naturais para estudos e integração à coleção científica do Museu.
Atualmente, outras espécies do zoológico de BH compõem o acervo da instituição, como a rinoceronte-branco Luna, que faleceu em outubro de 2023; o gorila Idi Amin; as girafas Ana Raio e Zola; e os elefantes Joca e Margareth.
Espécie ameaçada de extinção
Jamba veio do Parque Nacional de Etosha, do país Namíbia, da África, em 1998. Na época ele tinha 2 anos. O animal era da espécie elefante africano, ameaçado de extinção.
Conforme a FPMZB, o elefante estava, há alguns meses, sob os cuidados veterinários da Escola de Veterinária da UFMG e do Zoológico do Oregon (EUA), devido a uma inflamação no anterior direito. O quadro clínico havia se agravado nas últimas semanas. Em nota, A PBH informou que uma necropsia será feita para esclarecer a causa da morte.
Em outubro de 2021, o zoológico de BH também perdeu a elefante fêmea Beré. A animal, que tinha 46 anos, estava em tratamento veterinário com problemas uterinos e pulmonares, e acabou falecendo em decorrência de uma infecção generalizada.
Beré era um dos animais mais velhos do zoológico. Também da espécie elefante africano, veio pra capital mineira com dois anos, em 1977. Desde então, ela teve duas gestações bem sucedidas, nas quais deu vida à fêmea Axé, que permanece em BH, e ao macho Chocolate, que foi encaminhado ao Zoológico de Brasília.
O zoológico de Belo Horizonte é a única instituição brasileira que já reproduziu essa espécie. Com o falecimento de Beré e Jamba, permanece no local somente a elefante fêmea Axé.
O post Elefante Jamba será empalhado e exposto no Museu de Ciências Naturais da PUC em BH apareceu primeiro em BHAZ.