Governo Lula busca soluções para reverter crise com Congresso após IOF

O presidente Lula (PT) reuniu os ministros e líderes de governo para fazer uma balanço sobre o Congresso Nacional. O encontro foi realizado no Palácio da Alvorada, no domingo, 29. Entre os assuntos que permearam a reunião está o tom que o governo deve adotar para estreitar relações com o Congresso após a quebra de acordo na votação do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).A derrubada do acordo demonstrou um enfraquecimento do Executivo com os parlamentares. Na ocasião, Lula e os ministros debateram a possibilidade de judicializar o tema.Durante o encontro, segundo informações da CNN, integrantes do Planalto avaliaram a decisão dos congressistas como inconstitucional.

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Já outra ala do Palácio do Planalto e da Esplanada dos Ministérios diz acreditar que o governo deve continuar no embate da justiça social e tributária.A medida é endossada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defendeu o equilíbrio entre a distorção tributária e o pagamento de impostos para os mais ricos.Quem esteve na reunião? Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social);Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais);Alexandre Padilha (Saúde);Rui Costa (Casa Civil);Fernando Haddad (Fazenda);Camilo Santana (Educação);Jorge Messias (Advocacia-Geral da União);e Jaques Wagner (PT-BA) (líder do governo no Senado).Entenda derrubada do IOFO PDL (projeto de decreto legislativo) que derruba as regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) do governo Lula (PT) foi aprovado pelo Congresso Nacional na quarta-feira, 25.Foram 383 votos favoráveis e 98 contrários em sessão semipresencial na Câmara e votação simbólica no Senado.O Senado votou a proposta após a aprovação do PDL pelos deputados. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), fechou um acordo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) para votar o texto no mesmo dia nas duas Casas.Como fica o IOF após a derrubada?A derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) provocou a terceira mudança nas alíquotas em pouco mais de um mês.As alíquotas que vigoravam até 22 de maio, quando o Ministério da Fazenda anunciou as mudanças, foram retomadas.A revogação do decreto cria um desafio para o governo, ao provocar perda de R$ 12 bilhões em arrecadação para 2025, segundo a Receita Federal.

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