Com a taxa Selic em níveis elevados, a renda fixa voltou ao radar dos investidores brasileiros — e não apenas pela segurança. Em 2025, algumas opções vêm oferecendo retornos de até 30% ao ano, um rendimento que supera com folga alternativas tradicionais como poupança e Tesouro Direto. Mas será que vale a pena embarcar nessa? E quais são os riscos por trás desses ganhos elevados?
Neste artigo, você vai entender como funcionam esses investimentos, o que está por trás da alta rentabilidade e como montar uma carteira inteligente, diversificada e segura.
O cenário atual: Selic alta e inflação persistente
A Selic em 15% ao ano em 2025 reacendeu o interesse por produtos de renda fixa. Isso porque, com juros compostos operando nesse patamar, mesmo investimentos conservadores voltam a entregar retornos relevantes.
Mas além dos tradicionais CDBs e LCIs, outras opções menos conhecidas — como debêntures, CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) — passaram a chamar atenção por oferecerem rentabilidades acima de 25% e até 30% ao ano.
Como funcionam os investimentos com até 30% ao ano?
Investimentos com rentabilidade tão elevada geralmente não estão disponíveis em bancos tradicionais. Plataformas digitais, como o PeerBr, têm se destacado por ofertar debêntures e recebíveis com taxas muito acima da média.
Por exemplo, uma debênture com vencimento em março de 2028 pode oferecer até 30,31% ao ano. Isso significa que, ao investir R$ 1.000 hoje, você teria aproximadamente R$ 4.000 após 6 anos — quatro vezes o capital inicial. Para efeito de comparação, na poupança, esse mesmo valor se transformaria em apenas R$ 2.000 no mesmo período.
A escada de risco da renda fixa: do seguro ao agressivo
Antes de aplicar, é fundamental entender a escada de risco dos investimentos em renda fixa:
Nível 1 – Segurança máxima:
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Poupança e Tesouro Direto: são os mais seguros do mercado, mas também os menos rentáveis. Na poupança, o prazo para dobrar o capital pode ultrapassar 9 anos.
Nível 2 – Equilíbrio entre segurança e retorno:
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CDBs, LCIs e LCAs: são produtos bancários protegidos pelo FGC (até R$ 250 mil por CPF e por instituição). Com a Selic alta, é comum encontrar CDBs pagando de 13% a 15% ao ano.
Nível 3 – Risco maior, rentabilidade maior:
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Debêntures, CRIs e CRAs: não têm proteção do FGC, mas oferecem isenção de IR em alguns casos e taxas que podem ultrapassar os 30% ao ano. São emitidos por empresas e, por isso, exigem análise de crédito e diversificação para mitigar riscos.
Como investir com segurança e alto retorno
A chave para aproveitar essas oportunidades está em diversificar os prazos e os tipos de ativos, equilibrando liquidez, risco e rentabilidade. Veja uma sugestão de alocação para uma carteira 100% focada em renda fixa:
1. Liquidez diária (10% a 30%)
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Tesouro Selic, CDBs ou LCIs com resgate diário.
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Ideal para reserva de emergência ou movimentações a curto prazo.
2. Prazo definido com FGC (60% a 80%)
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CDBs, LCIs e LCAs com vencimentos em 1, 2 ou 3 anos.
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Taxas mais altas, boa segurança e previsibilidade de retorno.
3. Alto retorno com mais risco (5% a 10%)
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CRIs, CRAs e Debêntures de plataformas como o PeerBr.
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Diversificar entre prazos (12, 24 e 36 meses) e emissores ajuda a reduzir riscos.
E os riscos de investir sem FGC?
Uma das dúvidas mais comuns é sobre a ausência do Fundo Garantidor de Crédito em produtos como debêntures. No entanto, vale lembrar que muitos investimentos amplamente utilizados, como ações, fundos imobiliários e até o Tesouro Direto, também não contam com FGC.
Isso não significa que sejam inseguros, mas que o investidor precisa adotar uma gestão de risco mais cuidadosa. Analisar a saúde financeira da empresa emissora e limitar a exposição a 5% ou 10% do patrimônio total são estratégias recomendadas.
Vale a pena investir em produtos como os da PeerBr?
Sim, desde que o investidor saiba exatamente o que está contratando. A plataforma PeerBr, por exemplo, tem chamado atenção por disponibilizar investimentos com valores mínimos acessíveis (a partir de R$ 500), e diferentes prazos:
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Debênture – 30,31% a.a. – vencimento em março/2028
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Opção de 29,84% a.a. – vencimento em junho/2027
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Opção de 26,82% a.a. – vencimento em julho/2026
Com essa variedade, é possível montar uma escadinha de vencimentos e potencializar os retornos da carteira.
Alta rentabilidade com estratégia e equilíbrio
Investimentos de renda fixa com retorno de até 30% ao ano são reais e acessíveis em 2025. No entanto, não devem ser encarados como solução mágica. Eles exigem:
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Diversificação por prazo e emissores
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Análise de risco e objetivos financeiros pessoais
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Equilíbrio entre liquidez, segurança e rentabilidade
Para quem quer sair da poupança, proteger o poder de compra e ainda aumentar o patrimônio, aprender a subir a escada de risco com estratégia é o melhor caminho.
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