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“Hoje eu vim ao posto de saúde aqui em Santo Amaro para buscar o meu PrEP. Para quem não conhece, é um remédio que o SUS fornece para evitar pegar HIV. E isso é incrível, por isso eu amo o SUS!”, disse Urach em um vídeo publicado em suas redes. A influenciadora reforçou ainda a importância da informação e da prevenção. “Enquanto uns falam, eu me cuido. Tô no SUS com a saúde em dia. Informação é poder, prevenção é atitude”, concluiu.DesafiosSegundo o Relatório de Monitoramento de Profilaxias Pré e Pós-Exposição ao HIV 2023, o uso da PrEP cresceu 82,1% na Bahia e mais que dobrou em todo o Brasil no último ano, passando de cerca de 50 mil usuários em 2022 para mais de 107 mil em 2023. Salvador concentra 1.796 dos 3.642 usuários ativos na Bahia, sendo um dos polos de distribuição da profilaxia.Apesar do avanço, o relatório revela que 84,5% dos usuários baianos da PrEP são homens cis gays ou bissexuais. Mulheres, especialmente heterossexuais, e adolescentes ainda são uma minoria entre os beneficiários da estratégia, o que aponta para uma necessidade urgente de ampliar o alcance da política.”A PrEP consiste no uso regular de uma medicação indicada para pessoas com alto risco de exposição ao HIV. Qualquer pessoa que se enquadre nesse perfil pode, e deve, fazer uso da PrEP, independentemente do sexo ao nascimento, do gênero ou da identidade de gênero. Mulheres, inclusive, têm indicação para utilizá-la quando há risco aumentado de exposição”, afirma o médico infectologista Victor Castro Lima, coordenador do serviço de Infectologia do Hospital Mater Dei Salvador.”A grande questão é que a PrEP ainda é uma estratégia de prevenção muito pouco conhecida pela população em geral. Além disso, o estigma em torno do HIV persiste, com a falsa ideia de que apenas pessoas homossexuais estão em risco. Isso não é verdade. O que acontece é que determinados grupos têm mais acesso à informação e, consequentemente, ao uso da PrEP, enquanto outros, como muitas mulheres, acabam não utilizando por desconhecimento. É fundamental ampliar o acesso e o conhecimento sobre essa importante ferramenta de prevenção”, reforça o especialista.PrEP é para todosA PrEP consiste na utilização diária de medicamentos antirretrovirais por pessoas não infectadas, mas expostas a alto risco de contaminação, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e usuários com múltiplos parceiros. Ela prepara o organismo para se defender em caso de contato com o vírus. As pessoas em PrEP fazem acompanhamento médico regular, com testes para HIV e outras ISTs.Como funciona?A PrEP usa dois medicamentos (tenofovir + entricitabina) que impedem o HIV de infectar o corpo. Existem duas formas de uso:PrEP diária: tomada contínua dos comprimidos, indicada para pessoas em risco constante de exposição ao HIV.PrEP sob demanda: tomada pontual, usada antes e depois da relação sexual. Indicada para quem tem relações sexuais menos frequentes (menos de duas vezes por semana) e consegue planejá-las. Essa modalidade é recomendada apenas para algumas populações específicas, como homens cisgêneros que fazem sexo com homens, pessoas não binárias designadas homens ao nascer, travestis e mulheres trans que não usam hormônios à base de estradiol.
Andressa Urach revela que faz uso de PrEP e rasga elogios ao SUS:“Vim buscar meu PrEP, um remédio que o SUS oferece para ajudar a prevenir o HIV. Isso é incrível, por isso eu amo o SUS! Essa medicação é maravilhosa e pode salvar muitas vidas.” pic.twitter.com/NuT7AFLcPt— QG do POP (@QGdoPOP) June 30, 2025