O fundo imobiliário PVBI11 (VBI Prime Properties), destinado a investidores em geral e com patrimônio líquido de aproximadamente R$ 3 bilhões, enfrenta atualmente um cenário de alta vacância em seus imóveis, mas iniciou negociações para novos contratos de locação que podem melhorar a receita e elevar a distribuição de dividendos nos próximos meses.
Vacância atual e negociações em andamento
Em junho de 2025, a vacância física do portfólio do PVBI11 estava em 13%, com perspectiva de subir para 22,4% em setembro caso os atuais contratos em discussão não se concretizem. O principal motivo da alta vacância é o edifício Union Faria Lima, entregue recentemente, que ainda está em fase de comercialização com cerca de 81% de áreas vagas.
Segundo o relatório gerencial mais recente, em junho foram assinados três novos contratos: dois com áreas de aproximadamente 300 m² cada e um maior, de cerca de 600 m², todos no modelo turn-key. Há também uma minuta em negociação para mais dois andares no edifício Vera Cruz e uma expansão de 380 m² no Vila Olímpia Corporate. Se todos esses contratos se confirmarem, a vacância poderá recuar significativamente, para próximo de 13%, gerando impacto positivo nas receitas.
Receita, distribuição e impacto esperado
Atualmente, o PVBI11 distribui R$ 0,50 por cota mensalmente, com uma receita recorrente de R$ 0,57 por cota e reserva acumulada de R$ 0,19 por cota. A expectativa da gestão é que, com a ocupação total das áreas em negociação, a receita recorrente suba para R$ 0,69 por cota, o que permitiria elevar a distribuição para até R$ 0,62 por cota ao mês — um aumento de 24% em relação ao nível atual.
Considerando o preço da cota negociada em bolsa entre R$ 75 e R$ 80, esse rendimento representaria um dividend yield anualizado próximo de 10%, um patamar competitivo para fundos do segmento de lajes corporativas de alto padrão.
Patrimônio, liquidez e contratos
O patrimônio líquido do PVBI11 é de aproximadamente R$ 3 bilhões, com valor patrimonial por cota em torno de R$ 100, o que representa um desconto de cerca de 25% em relação ao preço de mercado. O fundo apresenta liquidez média diária próxima a R$ 4 milhões, mantendo boa negociabilidade para os cotistas.
Os contratos de locação do fundo são majoritariamente corrigidos pelo IPCA, com poucos vencimentos significativos antes de 2027, o que oferece estabilidade para a receita contratada. Entretanto, a saída de grandes locatários, como o China Construction Bank e o Sereno, prevista para os próximos meses, deve impactar a vacância temporariamente.
Perspectivas
Com cerca de 4.000 m² já em fase de minutagem contratual — aproximadamente um terço da vacância total —, a gestão projeta que a ocupação pode se recuperar gradualmente ao longo de 2025 e 2026. Apenas esses contratos em fase final podem gerar acréscimo de cerca de R$ 1 milhão por mês à receita, representando um aumento próximo a 10%.
O PVBI11 permanece focado em negociações ativas para reduzir a vacância, estabilizar a receita e melhorar a remuneração dos cotistas, mantendo sua estratégia de valorização dos ativos localizados em regiões premium como Faria Lima e Vila Olímpia, em São Paulo.
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