Um laudo pericial concluiu que Welbert de Souza Fagundes, 26 anos, acusado de matar o sargento da Polícia Militar Roger Dias em janeiro deste de 2024, em Belo Horizonte, não sofre de insanidade mental. Com a avaliação, a Justiça determinou a retomada do processo que julga o homicídio qualificado e marcou para o dia 20 de agosto a audiência para ouvir testemunhas de acusação, de defesa e interrogar o réu, que está preso.
A avaliação de sanidade mental havia sido solicitada pela própria defesa de Fagundes, suspendendo temporariamente o andamento do caso. Durante os depoimentos, o acusado chegou a afirmar que ouvia vozes do sargento Dias.
O laudo que descarta a incapacidade mental do acusado de matar o sargento Roger Dias em BH foi elaborado por peritos da Polícia Civil. Após avaliações com o réu e entrevistas com seus familiares, a equipe técnica não encontrou elementos que comprovassem qualquer indício de insanidade que impedisse Fagundes de compreender a gravidade de seus atos.
No relatório, os peritos afirmaram que a “convicção pericial” já estava formada com base em dois exames anteriores e não viram necessidade de uma nova avaliação.
Com a juntada do laudo, o juiz Roberto Oliveira Araújo Silva homologou o laudo e ordenou o prosseguimento do caso. “Considerando a conclusão do laudo pericial, determino a inclusão do feito na pauta de audiência”, despachou o magistrado na última segunda-feira (30). O réu participará da sessão por videoconferência.
A reportagem tenta contato com a defesa do acusado.
Relembre o caso
O sargento Roger Dias da Cunha, então com 29 anos, foi baleado durante uma perseguição no bairro Aarão Reis, na Região Nordeste de BH, em 5 de janeiro. Ele foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna. O policial foi socorrido, mas seu quadro clínico foi considerado irreversível, e a morte cerebral foi confirmada dois dias depois.
Na época do crime, Welbert de Souza Fagundes era foragido da Justiça. Ele estava no benefício da saída temporária de Natal e deveria ter retornado ao sistema prisional em 23 de dezembro de 2023.
O homem se tornou réu em 30 de janeiro, denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, para assegurar a impunidade de outro crime, com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e contra agente de segurança pública no exercício da função.
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