Os investidores começaram o dia acompanhando de perto a divulgação da folha de pagamento dos EUA, que saiu às 9h30 (ET) com expectativa de criação de 110 000 vagas em junho, ante 139 000 em maio. O resultado poderá influenciar diretamente as apostas de corte de juros na reunião do Federal Reserve marcada para 29 de julho, principalmente após declarações recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, e as críticas do ex-presidente Donald Trump à política monetária norte-americana.
Paralelamente, nos Estados Unidos, a Câmara dos Deputados debateu um pacote de cortes fiscais proposto por Trump, já aprovado no Senado por 51 votos a 50 (desempatado pelo vice-presidente Mike Pence). O texto, que acrescentaria mais de US$ 3 trilhões à dívida pública em dez anos, passou por intensa articulação da Casa Branca e do presidente da Câmara, Mike Johnson, e pode chegar à sanção presidencial antes do feriado de 4 de julho.
Em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa hoje da cúpula do Mercosul, onde deve reforçar temas de integração regional e acordos comerciais. Ainda no âmbito empresarial, a Petrobras realiza uma coletiva no Rio de Janeiro para detalhar novos investimentos no setor de refino, parte da estratégia de expansão da estatal em 2025.
No Brasil, a Advocacia-Geral da União enviou ao Supremo Tribunal Federal acordo para restituir descontos indevidos em aposentadorias e pensões ocorridos entre março de 2020 e março de 2025. Cerca de 15 milhões de beneficiários poderão solicitar o reembolso atualizado pelo IPCA por meio do aplicativo Meu INSS, do telefone 135 ou via Correios. Caso não haja comprovação de autorização prévia, o INSS se compromete a efetuar o pagamento em até 15 dias úteis. O governo também requereu ao STF crédito extraordinário para viabilizar esses desembolsos sem comprometer as metas fiscais de 2025 e 2026, com previsão de início dos pagamentos a partir de 24 de julho.
Com múltiplos eventos domésticos e internacionais no radar, agentes de mercado permanecem atentos aos desdobramentos do relatório de empregos norte-americano e às decisões políticas que podem impactar a liquidez global e a sustentabilidade fiscal brasileira.
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