Muitos investidores se perguntam: como alguns conseguem manter carteiras positivas mesmo em períodos de alta volatilidade e crises globais? Neste artigo, reunimos 5 estratégias práticas que ajudam a aumentar os ganhos e proteger o patrimônio, independentemente do cenário econômico. As dicas são baseadas em carteiras reais que acumulam resultados positivos, com aportes mensais tão diferentes quanto R$ 200 e R$ 100 mil.
A seguir, conheça essas estratégias em detalhes e aprenda a aplicá-las no seu dia a dia para conquistar resultados consistentes.
1. Diversificação vertical: espalhe seus ativos
A diversificação vertical consiste em distribuir seus investimentos entre diferentes classes de ativos, setores e geografias em um mesmo momento do tempo.
Em uma carteira bem diversificada verticalmente, você pode ter, por exemplo:
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Ações brasileiras: Banco do Brasil, Vale, Petrobras, Klabin, Weg, Sabesp, entre outras.
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Ações internacionais: Apple, Google, ETFs americanos.
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Fundos imobiliários: fundos de tijolo (shoppings, galpões), fundos de papel e fiagros.
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Renda fixa: Tesouro Direto e CDBs com liquidez.
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Criptomoedas: Bitcoin, Ethereum.
Um bom exemplo é uma carteira com cerca de 67% dos ativos no Brasil e 33% no exterior, distribuída entre mais de 15 ações brasileiras de diversos setores (financeiro, consumo, tecnologia, energia, saúde). Essa estratégia reduz o risco de um setor ou ativo específico impactar todo o portfólio.
2. Diversificação horizontal: diluição ao longo do tempo
Além de diversificar os ativos, é essencial diversificar no tempo. É a chamada diluição horizontal: investir de forma regular, todos os meses, independentemente do preço atual do ativo.
Um investidor que compra ações mensalmente — mesmo quando elas caem — consegue reduzir o preço médio de aquisição e capturar a alta quando o mercado se recupera.
Por exemplo, comprando R$ 200 mensais de ações durante um ano, mesmo em meses de queda, ele consegue acumular mais ativos a preços menores e obter ganhos quando a bolsa volta a subir.
Essa estratégia exige disciplina e paciência, mas evita a armadilha de investir tudo de uma vez em um pico de mercado.
3. Invista só com fluxo de caixa positivo
Investir em renda variável requer que você tenha uma renda recorrente e previsível. Com um fluxo de caixa positivo — ou seja, dinheiro sobrando todos os meses — você pode continuar comprando mesmo em quedas de mercado, sem precisar vender em momentos ruins por falta de liquidez.
Quem tem um valor pontual para investir, como a venda de um carro ou imóvel, pode aplicá-lo inicialmente em renda fixa (Tesouro Selic ou CDB de liquidez diária, por exemplo) e ir transferindo para a bolsa aos poucos, mês a mês. Essa prática combina a segurança da renda fixa com a estratégia da diversificação temporal.
4. Mantenha uma reserva de oportunidade
Ter uma reserva de oportunidade — além da reserva de emergência — é crucial. Essa quantia fica aplicada em investimentos seguros e líquidos (Tesouro Selic, CDBs) e serve para aproveitar momentos de pânico no mercado.
Quando a bolsa ou os fundos imobiliários caem 15% ou mais, você pode usar essa reserva para comprar ativos a preços muito mais baixos, capturando a recuperação futura.
Um exemplo recente foi a queda dos fundos imobiliários, que atingiram níveis históricos de baixa e depois voltaram a subir, recompensando quem aproveitou as oportunidades.
5. Invista contra a maré
Por fim, a última estratégia é investir contra a multidão. Quando todos estão vendendo em pânico, os preços tendem a ficar muito abaixo do valor justo — o momento ideal para comprar.
Quando o dólar estava a R$ 6, muita gente correu para comprá-lo. Meses depois, quando caiu para perto de R$ 5, poucos tiveram coragem de investir.
Com uma carteira diversificada, incluindo dólar e ações estrangeiras, você pode se beneficiar dos movimentos contrários entre ativos. Por exemplo, quando a bolsa brasileira cai, o dólar geralmente sobe.
Consistência e disciplina vencem
Investir não precisa ser um jogo de sorte ou de altos e baixos desesperadores. Com essas 5 estratégias — diversificação vertical e horizontal, fluxo de caixa positivo, reserva de oportunidade e investir contra a maré — você pode construir uma carteira robusta, que cresce mesmo em tempos de crise.
Lembre-se: resultados consistentes vêm de disciplina, planejamento e paciência. Todo mês há uma boa oportunidade para investir, seja em ações, fundos imobiliários, renda fixa ou mesmo no exterior.
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