Estudantes da rede municipal de educação de Belo Horizonte precisarão repor as aulas perdidas ao longo da greve dos professores durante o recesso escolar e também em feriados municipais. É o que informa a Prefeitura de BH (PBH) após o fim da mobilização, que durou 29 dias. As atividades retornaram normalmente nesta segunda-feira (7).
Em nota enviada ao BHAZ, a PBH informou que representantes da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte se reunem com membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH) para ajustar o calendário escolar.
“As tratativas com o sindicato para a reposição das aulas perdidas já foram iniciadas e avançam com a construção de um acordo que assegure o cumprimento da carga horária mínima prevista na legislação, sem prejuízo ao direito à aprendizagem dos estudantes”, diz o Município.
O calendário oficial de reposição das aulas ainda não foi divulgado.
Fim da greve
A greve de professores em Belo Horizonte chegou ao fim nessa sexta-feira (4), após quase um mês de paralisação. A mobilização terminou após um embate entre servidores e prefeitura sobre vários pontos relacionados ao reajuste salarial da categoria. Após várias assembleias e duas audiências mediadas pelo Tribunal de Justiça de Minas (TJMG), Executivo e docentes chegaram a um acordo. Entenda quais pontos foram fechados durante as negociações.
A greve foi aprovada no dia 5 de junho. Na ocasião, os profissionais rejeitaram a primeira proposta de reajuste salarial apresentada pelo Executivo Municipal, que ofereceu um aumento de 2,49% aos educadores. O índice, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (SindRede-BH), está abaixo do reajuste do Piso Nacional do Magistério para 2025, fixado em 6,27%.
Na manhã de sexta, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e representantes do comando da greve se reuniram mais uma vez no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para uma audiência de conciliação. Durante o encontro, o Executivo propôs um reajuste de 2,49% mais um índice de 2,4% (referente às perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022).
O pagamento será feito em fevereiro de 2026, com valores retroativos a janeiro do mesmo ano. A maioria dos profissionais presentes em assembleia realizada na Praça da Estação, no Centro da Capital aprovou a proposta.
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