O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, no Norte de Minas Gerais, está entre os candidatos a receber o título de Patrimônio Mundial Natural da Unesco. A decisão será tomada durante a 47ª reunião do Comitê de Patrimônio Mundial, que ocorre até o dia 16 de julho, em Paris.
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Com mais de 56 mil hectares, o parque se estende pelos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões. Ele abriga um dos mais importantes conjuntos de cavernas, sítios arqueológicos e pinturas rupestres do Brasil, além de reunir espécies típicas de três biomas: Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica.
Atualmente, 114 sítios arqueológicos estão catalogados na área. Um dos mais conhecidos é o da Lapa dos Desenhos, onde há registros de pinturas rupestres com até 12 mil anos. O parque também abriga formações calcárias de grande porte, como a caverna Janelão, com salões que chegam a 100 metros de altura.
Preservação
Segundo Ana Cristina Moeri, diretora-presidente do Instituto Ekos Brasil, organização que atua no Peruaçu desde 2003, a candidatura do parque é resultado de um trabalho de preservação que envolve parcerias entre o poder público e iniciativa privada.
Há oito anos, a organização mantém um acordo de cooperação com o órgão federal e desenvolve ações voltadas à gestão do parque, pesquisa científica, recuperação de nascentes e projetos com comunidades do entorno.
Ela reforça que, além da preservação ambiental, o trabalho desenvolvido no Peruaçu tem gerado benefícios diretos para as comunidades do entorno, incluindo povos tradicionais e indígenas. “O reconhecimento internacional do Peruaçu pode impulsionar ainda mais o turismo sustentável na região, trazendo visibilidade e recursos para a conservação e para as comunidades locais. É um exemplo concreto de como a conservação ambiental pode caminhar junto com o desenvolvimento socioeconômico”, destaca.
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