O fundo imobiliário HGRE11 obteve um desempenho robusto durante o mês de junho de 2025, superando as expectativas de rendimento. A distribuição de dividendos e o crescimento do caixa do fundo são destaque, com a venda de ativos estratégicos contribuindo para o resultado expressivo. Neste artigo, vamos analisar o desempenho do fundo, as movimentações recentes, e as perspectivas para o futuro, fornecendo uma visão detalhada das ações que impactaram a performance de junho.
Resultados de junho de 2025: receita e distribuição de dividendos
No mês de junho, o HGRE11 obteve uma receita de R$ 2,37 por cota, com um resultado líquido de R$ 2,12 por cota. Esse resultado foi impulsionado pela venda de quatro conjuntos do imóvel Berrini One, o que gerou um lucro extraordinário de R$ 1,34 por cota. A venda foi realizada por R$ 68 milhões, representando um retorno significativo de 15% acima da avaliação do imóvel.
A distribuição de dividendos foi igualmente expressiva, com um pagamento de R$ 0,85 por cota, o que gerou grande satisfação entre os investidores que adquiriram as cotas do fundo no início do mês, aproveitando a valorização do preço.
Tabela: resultados de junho de 2025
Item | Valor por Cota (R$) |
---|---|
Receita Total | 2,37 |
Resultado Líquido | 2,12 |
Dividendos Distribuídos | 0,85 |
Venda de Ativos (Berrini One) | 68 milhões |
A venda do Berrini One gerou um aumento significativo no caixa do fundo, com o valor da transação sendo pago à vista. Além disso, o fundo obteve um cap rate de 5,4%, um indicador que demonstra a rentabilidade atrativa do investimento, especialmente em comparação com outros ativos no mercado.
Este evento representa uma das várias ações estratégicas do HGRE11 para otimizar sua rentabilidade. A gestão do fundo tem focado na venda de imóveis menos estratégicos e na manutenção de um portfólio de alta qualidade. Além disso, o fundo possui reservas substanciais, o que lhe permite uma maior flexibilidade para continuar com suas aquisições e venda de ativos conforme necessário.
Vacância e locação de imóveis: desafios e expectativas
Embora a vacância física tenha diminuído para 13%, o fundo ainda enfrenta desafios com a vacância financeira, que permanece em 9%. A gestão está focada na locação dos imóveis da Torre de Atabá e do Guaíba, com negociações em andamento para preencher esses espaços.
Apesar da vacância, o fundo está bem posicionado para crescer, uma vez que suas reservas e a gestão ativa do portfólio devem gerar uma recuperação de receita nos próximos meses, com uma expectativa de alcançar R$ 0,97 por cota de receita imobiliária nos próximos 12 meses, se tudo correr conforme o esperado.
Alavancagem e estratégias de dívida
A alavancagem do HGRE11 continua sendo uma questão gerenciável, com a despesa financeira representando CDI + 1,22%. A gestão optou por não pré-pagar a dívida, pois isso implicaria no pagamento de uma multa substancial. Em vez disso, o fundo redirecionou seus CRIs, o que neutralizou o impacto da dívida e permitiu que o fundo se mantivesse estável.
Oportunidades e riscos
O HGRE11 possui um portfólio diversificado, com imóveis classificados nas faixas B e C, representando 8% do fundo. Isso significa que o fundo ainda possui ativos para vender, o que pode gerar mais liquidez e permitir maior valorização das cotas no futuro.
O fundo também está com bons potenciais de valorização, especialmente se conseguir reduzir a vacância e alugar os imóveis disponíveis. Com isso, a expectativa de receitas futuras, com os ativos sendo totalmente ocupados, pode levar a uma rentabilidade ainda maior.
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