Se você sempre quis viajar pagando menos, ou até transformar milhas em uma renda extra, saiba que 2025 trouxe novas regras e oportunidades para quem participa desse universo.
Apesar das mudanças nas promoções e nos programas de fidelidade, as milhas continuam valendo a pena — desde que você tenha uma estratégia clara e atualizada.
Os “gurus” ainda vendem a fantasia de viajar de executiva para a Europa pagando R$ 300 sem explicar o contexto. A realidade é: você pode viajar muito mais barato, mas precisa entender como acumular, quando transferir e como emitir as passagens de forma estratégica.
O que são milhas e como funcionam?
As milhas aéreas são uma moeda digital usada para fidelizar clientes das companhias aéreas e bancos.
Você acumula pontos em programas como Livelo (BB e Bradesco), Esfera (Santander) ou nos programas das companhias aéreas (Latam Pass, Azul Fidelidade, Smiles) e depois pode transferi-los para emitir passagens ou vender.
Pontos (banco) e milhas (companhia aérea) são praticamente a mesma coisa, mas têm usos e transferências diferentes. Importante: pontos você transfere, milhas não.
Duas etapas essenciais: acumular e usar
Como acumular milhas?
Há duas formas:
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Orgânico (até 55% do potencial):
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Gastos do dia a dia no cartão de crédito (principal fonte, ~88% do orgânico).
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Compras online em lojas parceiras com promoções (ex.: Magalu, Amazon, Nike, Camicado).
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Passagens pagas no dinheiro, ganhando milhas.
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Transferências bonificadas dos bancos para as aéreas.
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Pago (até 45% do potencial):
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Compra de pontos ou milhas em promoções.
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Assinatura de clubes de pontos/milhas.
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📌 Dica: Nunca compre pontos, milhas ou transfira sem promoção. Espere ofertas com 50–100% de bônus ou descontos de até 56% na compra de pontos.
Como usar suas milhas?
Você pode:
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Emitir passagens para você ou terceiros.
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Vender suas milhas em balcões, grupos ou plataformas.
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Trocar por produtos ou serviços (quase nunca vale a pena).
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Pagar hospedagens (fazer contas para ver se compensa).
A emissão estratégica começa sempre pelo destino e pela companhia aérea. Depois, você escolhe o programa que oferece a melhor tarifa award (tarifa reduzida em milhas).
Mitos e verdades: o que ainda vale a pena?
Mito/Fantasia | Realidade em 2025 |
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“Milhas acabaram, não valem mais nada.” | Errado. Continuam valendo com estratégia. |
“É só acumular no cartão e pronto.” | Não basta. É preciso combinar várias estratégias. |
“10.000 milhas te levam a NY.” | Depende. No Brasil, isso seria no mínimo 65–100 mil. |
“Clube sempre compensa.” | Não sempre. Só com análise e promoções certas. |
Cartões com alta pontuação (2 a 5 pontos por dólar) ajudam muito quem gasta muito.
Se você gasta R$ 5.000/mês, por exemplo, pode acumular de 20.000 a 40.000 milhas/ano só no cartão — o suficiente para uma viagem nacional ou um trecho internacional.
Mas lembre-se: o cartão é só parte do jogo. É preciso combinar com compras bonificadas e transferências certas para maximizar.
Como encontrar as melhores tarifas award?
Programas como Smiles, Latam Pass e Azul oferecem tarifas comerciais (caríssimas) e tarifas award (reduzidas).
Para encontrar as award:
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Pesquise direto no site dos programas.
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Use ferramentas como Seats Aero, que mostram tarifas award para várias datas e destinos.
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Seja flexível e tenha antecedência para ter mais chances.
Quando transferir pontos?
Transferências devem ser feitas em momentos promocionais:
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Latam: 30–35% de bônus.
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Azul e Smiles: 70–100% de bônus.
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Internacional (Advantage, Iberia): avaliar caso a caso.
Exemplo: comprando pontos com 56% de desconto e transferindo com 100% de bônus, você reduz seu custo por milheiro (mil milhas) de R$ 70 para cerca de R$ 15 — um excelente negócio.
Como vender milhas?
Além de emitir passagens para si mesmo, você pode vender suas milhas:
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Para conhecidos ou clientes (abrindo até uma agência).
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Em grupos (balcões) no WhatsApp ou Telegram.
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Plataformas online (use com cautela; algumas já deram problemas).
Estratégias avançadas: pensando no macro
Não caia na armadilha do “acúmulo por acúmulo”.
O objetivo não é juntar pontos no cartão ou trocar por panelas.
O objetivo é viajar barato, viver experiências melhores ou gerar renda extra — e para isso você precisa:
Planejar a viagem com antecedência.
Escolher o destino, companhia e programa certo.
Aproveitar promoções para comprar, transferir e emitir.
Entender o custo por milheiro e não pagar mais do que deve.
As milhas ainda valem a pena?
Sim, as milhas ainda valem — e muito — em 2025.
Mas elas exigem mais estratégia e planejamento do que no passado.
Você pode viajar mais, com mais conforto e pagando bem menos — ou até ganhar dinheiro — se parar de agir no “automático” e aprender as regras do jogo.
O post Milhas para iniciantes em 2025: aprenda a acumular, usar e economizar agora apareceu primeiro em O Petróleo.