Com a taxa Selic atingindo os 14,25% ao ano — e com projeções de novas altas — o Brasil entra em um cenário duplamente desafiador: de um lado, uma economia desaquecida e famílias endividadas; do outro, uma janela de ouro para quem consegue investir mesmo em tempos turbulentos.
O que está acontecendo com a economia?
A escalada da Selic, conduzida pelo Banco Central, tem como objetivo frear a inflação que segue pressionando o bolso dos brasileiros. Mas, em contrapartida, encarece o crédito, paralisa o consumo e dificulta o financiamento de imóveis, veículos e projetos empresariais.
Financiar uma casa, por exemplo, ficou mais difícil. Os juros altos afastam o consumidor e tornam os empréstimos mais caros. Pequenas empresas e trabalhadores autônomos também sentem o impacto direto no acesso ao crédito e na queda da demanda.
Mas… e para quem investe?
A boa notícia é que o investidor — mesmo aquele que guarda R$ 100 por mês — encontra hoje uma das melhores oportunidades dos últimos anos para rentabilizar seu capital. A Selic elevada impulsiona os retornos da renda fixa e derruba os preços de ativos na renda variável, criando uma liquidação generalizada no mercado financeiro.
Renda fixa: taxas históricas com segurança
Com a Selic em 14,25%, o Tesouro Selic oferece rentabilidade elevada com risco praticamente nulo. Mas as melhores oportunidades estão nos títulos prefixados e atrelados à inflação:
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Tesouro Prefixado 2028: rendimento acima de 14% ao ano
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Tesouro Prefixado 2032: próximo de 15% ao ano
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Tesouro IPCA+ 2029: IPCA + 7,82% ao ano
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Tesouro IPCA+ 2050: IPCA + 7,18% ao ano
Esses títulos permitem “travar” uma taxa elevada para o longo prazo, o que é ideal para quem pensa em aposentadoria ou reservas futuras.
Atenção: nesses ativos há marcação a mercado, ou seja, se você resgatar antes do vencimento, pode haver prejuízo. Por isso, são recomendados para quem pode manter o investimento até o fim do prazo.
Títulos privados: rentabilidade maior com risco moderado
Se títulos públicos oferecem até 15% ao ano, bancos menores chegam a pagar mais. Um exemplo é o CDB do banco Daikoval, que rende 15,5% ao ano para 2028.
Além disso, há oportunidades com bônus de adesão e programas de fidelidade, como o oferecido pelo próprio Daikoval: ao investir R$ 1.000, você pode receber R$ 100 de bônus, desde que mantenha o valor por 90 dias.
Esses investimentos contam com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) até R$ 250 mil por instituição.
Fundos Imobiliários: descontos gigantes em FIIs de qualidade
A crise provocada pela Selic alta também impactou os Fundos Imobiliários, que estão sendo negociados com descontos históricos. Muitos dos maiores e mais seguros FIIs do mercado estão com P/VP abaixo de 1, ou seja, estão mais baratos do que seus próprios patrimônios.
Exemplos:
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HGLG11 (logística): P/VP de 0,94
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BTLG11 (logística): 0,94
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XPML11 (shopping centers): 0,86
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MXRF11 (recebíveis): 0,98
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BRCO11 (logística): 0,87
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VISC11 (shoppings): 0,79
Quem investe nesses fundos agora, além de receber dividendos mensais, compra ativos reais com preço abaixo do valor de mercado.
Ações baratas: empresas sólidas com preço de liquidação
Na renda variável, o medo generalizado gerado pela Selic em alta derrubou o preço de ações de empresas consolidadas. Veja algumas oportunidades:
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Bradesco (BBDC3): P/VP de 0,71
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ISA CTEEP (energia): 0,74
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Banco do Brasil (BBAS3): 0,89
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Sanepar (saneamento): 0,77
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Eletrobras (ELET3): 0,78
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EzTec (construção): 0,71
Essas empresas não estão com preço baixo por problemas estruturais, mas sim por pânico no mercado. Quem compra agora, com paciência e visão de longo prazo, pode ter ganhos expressivos quando o ciclo virar.
Como aproveitar essas oportunidades?
Se você está começando a investir ou sente insegurança, procure conhecimento antes de aplicar. Há cursos acessíveis e plataformas com suporte para tirar dúvidas. O importante é não deixar essa oportunidade passar.
Enquanto a Selic estiver alta, as chances de multiplicar seu patrimônio com segurança são reais — desde que você invista com estratégia e visão de longo prazo.
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