
Equipes da DHPP e do Ciopaer estiveram nesse sábado (12) em duas propriedades de familiares de Diego Luiz Passo para prendê-lo, mas ele fugiu por uma área de mata. Uma prima dele e o marido dela foram presos por porte ilegal de arma de fogo. Defesa diz que motorista não estava no local. Polícia Civil apreende três armas durante operação para prender Diego Passo
Durante uma tentativa de prender Diego Luiz Gois Passo, suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco, policiais civis prenderam dois familiares dele por posse ilegal de arma de fogo. Uma prima de Diego e o marido dela foram levados para a Delegacia de Flagrantes (Defla).
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👉 Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada de 21 de junho. A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso e liberado durante a audiência de custódia. A servidora morreu horas depois no Pronto-Socorro de Rio Branco.
Com apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) estiveram em duas propriedades de familiares de Diego, nesse sábado (12), na Comunidade Boa Água, zona rural do município do Bujari, interior do Acre, com informações de que ele estava escondido no local.
Três armas sem registros foram encontradas no local. Ao g1, o advogado Felipe Muñoz afirmou que ‘não há qualquer informação de que ele estaria na casa de familiares’. Sobre a apresentação do suspeito, a defesa se limitou a dizer que deve passar mais informações nesta segunda (14).
“Nossos investigadores obtiveram informações que ele estaria tendo guarita dos familiares, então, representamos junto ao Poder Judiciário tendo em vista a localização dele e, infelizmente, não obtivemos êxito”, explicou o delegado responsável pelo caso, Cristiano Bastos, em entrevista na Delegacia de Flagrantes (Defla), em Rio Branco.
Polícia apreendeu armas e prendeu familiares de Diego Luiz Passo nesse sábado (12)
Reprodução
Ainda de acordo com o delegado, moradores teriam informado a Diego que a polícia estava na região e ele fugiu por uma região de mata fechada. Com a fuga, os policiais fizeram buscas e encontraram armas sem registro em uma das propriedades.
A prima do suspeito e o esposo dela, donos da casa onde armas estavam, foram presos em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
“Conseguimos apreender uma espingarda, uma pistola e um revolver 38. Temos a numeração dessas armas e vamos verificar ainda se são armas roubadas ou não”, contou Cristiano Bastos.
O delegado pede que a população ajude a polícia localizar Diego com denúncias. “Agora é trabalhar novamente e contar com o apoio da população no sentido de que chegue a informação para a polícia, a população pode nos ajudar de maneira discreta e direta, não só nesse caso mas em todos que a gente tem buscado realizar prisões de pessoas que tem mandado de prisão contra si”, concluiu.
Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar
Reprodução
Foragido
Na sexta (11), a Justiça negou um pedido de prisão domiciliar a Diego Luiz Gois Passo.
Ele teve a prisão temporária decretada no dia seguinte a fatalidade, no último dia 22. O fato do motorista ainda estar foragido, inclusive, foi determinante para que o juiz Alesson Braz indeferisse o pedido da defesa.
“Ademais, caso o requerente quisesse de fato colaborar com a Justiça, já teria se apresentado perante a autoridade policial. Vale ressaltar que cada dia que passa sem o cumprimento do mandado de prisão temporária intensifica ainda mais a necessidade de decretação da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal”, destacou o magistrado.
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A defesa entrou com o pedido para que Diego Passo ficasse em prisão domiciliar alegando que ele tem um filho de 12 anos dependente dele. Contudo, o juiz afirmou na decisão que ‘não ficou comprovado que o requerente seja o único responsável pelos cuidados do filho, inviabilizando a substituição da prisão temporária pela domiciliar’.
Ainda na decisão, o juiz Alesson Braz destacou que o crime foi agravado pelo fato de Diego ter se evadido do local e não prestado socorro à Juliana. “Evidenciam o receio de perigo e justificam a segregação cautelar, não sendo o caso de imposição das medidas acautelatórias”, argumentou.
Relembre o caso
Juliana Chaar morreu atropelada durante confusão em bar no AC
Arquivo pessoal
A servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do dia 21 de junho e ela morreu horas depois no Pronto Socorro da capital.
Diego Luiz Passo dirigia a caminhonete que atingiu Juliana e fugiu do local. A Justiça chegou a decretar a prisão dele, mas ele não se entregou e nem foi encontrado pelos policiais. A defesa do suspeito entrou com um pedido de revogação de prisão no dia 23 de junho.
O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate. (Veja vídeo abaixo)
Câmeras mostram momento em que servidora é atropelada após confusão em bar de Rio Branco
Diego alegou que não viu Juliana, antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu. A investigação apontou que uma discussão envolvendo várias pessoas antecedeu o atropelamento.
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do, policiais civis prenderam o por posse ilegal de arma de fogo. Três armas sem registros foram encontradas no local.