O fundo imobiliário MANA11 (Mana Investimentos Imobiliários) voltou a chamar atenção do mercado após divulgar resultados consistentes em seu último relatório gerencial. Com dividendos mensais próximos de 11 centavos por cota — o equivalente a cerca de 1,3% ao mês sobre o valor de mercado —, o fundo reforça sua estratégia híbrida, combinando crédito estruturado (CRI), incorporações imobiliárias e operações com ações.
Apesar de ser um fundo relativamente novo, já ultrapassa os 26 mil cotistas e movimenta, em média, mais de R$ 1,2 milhão por dia em bolsa, segundo dados atualizados de julho de 2025.
Carteira diversificada e lucros expressivos
Ativos principais
O MANA11 concentra grande parte de seu patrimônio em CRIs — operações de crédito estruturado — mas também realiza incorporações residenciais e comerciais, além de trades pontuais com ações. Em junho de 2025, o fundo fechou um investimento em Florianópolis com potencial de valorização superior a 300%, ao adquirir terrenos e financiar a construção de prédios de alto padrão.
Além disso, no período recente, obteve ganhos de capital relevantes com ações de empresas como Tenda (TEND3) e Simpar (SIMH3), ilustrando a flexibilidade que um hedge fund imobiliário pode ter.
Distribuições e resultados
O fundo mantém um guidance (projeção) de distribuir entre R$ 0,10 e R$ 0,12 por cota por mês até o fim do segundo trimestre. Desde janeiro, a receita gerada vem superando os dividendos pagos, garantindo uma distribuição sustentável mesmo em meses de menor performance de mercado.
A tabela abaixo mostra a consistência dos resultados mensais em 2025:
Mês | Receita gerada (R$/cota) | Dividendos pagos (R$/cota) |
---|---|---|
Janeiro | 0,10 | 0,10 |
Fevereiro | 0,11 | 0,11 |
Março | 0,09 | 0,11 |
Abril | 0,15 | 0,11 |
Maio | 0,12 | 0,11 |
Junho | 0,12 | 0,11 |
O cenário macroeconômico segue desafiador, com incertezas fiscais e indefinição sobre a trajetória da Selic, o que pode afetar tanto os CRIs quanto as operações imobiliárias. O gestor do fundo, no entanto, vê espaço para capturar ganhos em diferentes frentes, apostando na diversificação para mitigar riscos.
Os projetos em andamento em Florianópolis, por exemplo, apresentam margens atrativas: um dos empreendimentos prevê gastar R$ 60 milhões e vender as unidades por cerca de R$ 183 milhões — quase o triplo do custo.
Estrutura da carteira
Atualmente, o portfólio do MANA11 está assim distribuído:
-
CRI e permutas financeiras: 60%
-
Incorporações imobiliárias: 30%
-
Fundos imobiliários: 8%
-
Ações: 2%
-
Caixa: residual
Com essa composição, o fundo busca entregar rentabilidade superior ao CDI em todos os seus segmentos.
O post MANA11 entrega dividendos robustos e ganha destaque entre os fundos híbridos apareceu primeiro em O Petróleo.