Soltar pipas é uma prática lúdica que favorece o desenvolvimento e traz inúmeros benefícios para as crianças. No entanto, na Grande BH, a brincadeira prejudicou o fornecimento de energia de mais de 250 mil pessoas durante o primeiro semestre, segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
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Em Minas Gerais, entre janeiro e maio, 248 mil residências enfrentaram interrupções de energia provocadas por pipa, conforme levantamento divulgado pela Cemig. Com o início do inverno e o clima favorável para a brincadeira, quase 150 mil clientes passaram por problemas com o fornecimento de energia somente em junho, representando um aumento de 60%.
Ao todo, os problemas causados por pipa afetaram a distribuição de energia elétrica em 398 mil residências mineiras, somando 1338 ocorrências registradas.
De acordo com técnico de Segurança do Trabalho da Cemig, César de Jesus Souza, a brincadeira não é um problema, “mas é importante que se tenha consciência de que a brincadeira deve ser realizada em áreas abertas e sem rede elétrica, pois pode causar acidentes graves ou provocar interrupções no fornecimento de energia e prejudicar muitos clientes”, explica.
Riscos
Conforme César de Jesus, o uso de linhas cortantes é proibido e pode provocar o rompimento da fiação. Além disso, o risco de choque elétrico é maior quando a linha possui esse tipo de material. “Ao ser revestida com cerol ou feita com arames e fios metálicos, a linha da pipa se torna um condutor de eletricidade. Se atingir a rede elétrica, pode provocar acidentes graves”, explica.
Outro problema identificado é o risco de acidentes ao tentar resgatar pipas presas na rede elétrica. “A aproximação indevida [dos fios] e o uso de cerol e linha chilena têm sido os principais causadores de acidentes com a rede elétrica da companhia”, ressalta o técnico de Segurança do Trabalho.
A Lei 23.515/2019 proíbe a fabricação, a comercialização e o uso de cerol ou linha chilena em pipas, papagaios e artefatos semelhantes em Minas Gerais.
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