Júri condena Bombeiro por matar policial penal, mas nega racismo como motivação

Um bombeiro militar da reserva foi condenado a 17 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de um policial penal em Belo Horizonte. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri na noite desta segunda-feira (14). Os jurados entenderam que o crime foi um homicídio duplamente qualificado, mas absolveram o réu da acusação de que o assassinato teria sido motivado por discriminação racial.

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O juiz Vitor Marcos de Almeida Silva determinou que o réu permaneça preso e que o cumprimento da pena seja iniciado imediatamente.

Para a promotoria, o crime teve três qualificadoras: motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e discriminação racial. A acusação argumentou que o bombeiro, um homem branco, teria agido por não aceitar que a vítima, um homem negro, fosse um agente de segurança pública.

No entanto, o conselho de sentença, formado por cidadãos comuns, acatou apenas as duas primeiras qualificadoras. Com isso, a condenação do bombeiro pela morte do policial penal foi por homicídio duplamente qualificado, mas sem o agravante de racismo.

Histórico

O assassinato ocorreu na madrugada de 26 de fevereiro, em um bar no bairro Santa Tereza, na região Leste da capital mineira. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o bombeiro e o policial penal, que não se conheciam, iniciaram um desentendimento no local.

Durante a briga, a vítima se identificou como policial penal. O Bombeiro, no entanto, teria duvidado da informação e ligado para a Polícia Militar pedindo que uma viatura fosse ao local para verificar a identidade do homem.

Inconformado com a demora, o réu ligou mais duas vezes para o número de emergência. Em seguida, foi para casa de moto, pegou uma arma de fogo e retornou ao bar, alegando que esperaria a chegada da viatura armado. Ao entrar novamente no estabelecimento, ele encontrou o policial penal e disparou cinco vezes, atingindo a vítima no tórax e nos braços.

O policial penal chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. O bombeiro tentou fugir de carro, mas foi preso pela polícia, que já havia sido acionada pelo dono do bar.

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