Quanto posso passar na maquininha de cartão no CPF em 2025? Veja o limite e evite multas

Em 2025, ter uma maquininha de cartão em nome de pessoa física (CPF) continua sendo muito fácil e comum no Brasil. Quase todas as empresas do setor permitem o cadastro apenas com o CPF, sem a necessidade de abrir um CNPJ. Mas o que poucos empreendedores sabem é que essa facilidade esconde riscos sérios: desde golpes e vazamento de dados até multas pesadas da Receita Federal.

Neste artigo, explicamos até quanto você pode faturar no CPF sem pagar imposto, quais os riscos de ultrapassar os limites e quais estratégias você pode adotar para regularizar seu negócio sem dor de cabeça.

Riscos de usar a maquininha no CPF

Exposição de dados pessoais

Quando você usa uma maquininha no CPF, seus dados — como nome completo e número do CPF — aparecem no comprovante enviado ao cliente. Isso pode ser perigoso, pois aumenta as chances de golpes e fraudes envolvendo suas informações.

Problemas com a Receita Federal

O maior risco, no entanto, é tributário. Mesmo que você não declare sua renda extra, a operadora da maquininha envia todas as informações de faturamento para a Receita. Se os valores declarados pela empresa não aparecerem na sua declaração de Imposto de Renda, você pode cair na malha fina, ser multado ou até processado.

Quanto você pode faturar com CPF em 2025 sem pagar imposto?

De acordo com os limites atualizados para 2025:

  • Até R$ 2.259,20 por mês: você está isento de imposto de renda.

  • Ou até R$ 33.988 por ano: também isento.

  • Valores acima disso entram em faixas progressivas de imposto:

    • De R$ 2.826,66 a R$ 3.751: 15% de imposto.

    • De R$ 3.751,01 a R$ 4.664,68: 22,5% de imposto.

    • Acima de R$ 4.664,68: 27,5% de imposto.

Importante: esses valores consideram toda a sua renda, incluindo salário de CLT ou outras fontes. Por exemplo, se você recebe R$ 2.000 no emprego e vende R$ 1.500 na maquininha, sua renda mensal já chega a R$ 3.500 e ultrapassa a faixa de isenção.

Estratégias para evitar multas e se regularizar

Para não ter problemas com a Receita e garantir a saúde financeira do seu negócio, siga estas três estratégias:

1. Faça um controle financeiro

Registre todas as entradas e saídas do seu negócio. Isso ajuda você a saber se está próximo dos limites e a se organizar para não ser pego de surpresa. Para facilitar, use uma planilha simples no Google Drive, que mostra lucro ou prejuízo no final do mês.

2. Declare o Imposto de Renda

Mesmo que você ache que está dentro do limite, é prudente declarar sua renda. O governo já tem acesso a todas as suas movimentações via Banco Central e operadoras de cartão. Um contador pode ajudar, e o custo é baixo — cerca de R$ 100 por ano.

3. Abra um CNPJ

Essa é a melhor solução para quem já vende regularmente. O MEI (Microempreendedor Individual) é barato, não exige contador e oferece benefícios como emissão de nota fiscal e compra de produtos com desconto. Além disso, separa suas finanças pessoais das do negócio.

Quando é hora de migrar para o CNPJ?

Se suas vendas na maquininha já superam os R$ 2.259,20 mensais ou se você pretende expandir, o ideal é formalizar seu negócio. O MEI permite faturar até R$ 81 mil por ano, com um custo mensal baixo e menos burocracia. Assim, você evita multas, protege seus dados e ganha credibilidade no mercado.

Usar a maquininha de cartão com CPF pode até funcionar no início da jornada empreendedora, mas, à medida que suas vendas crescem, os riscos aumentam. Renda não declarada, exposição de dados e multas podem inviabilizar seu negócio.

Portanto, faça um bom controle financeiro, declare sua renda corretamente e considere abrir um CNPJ para garantir sua tranquilidade e crescimento sustentável.

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