O cartão de crédito é um dos meios de pagamento mais usados no Brasil, mas também um dos que mais geram dívidas. Quando a fatura chega e o dinheiro não é suficiente para quitá-la, muita gente fica na dúvida: é melhor pagar o mínimo ou parcelar a fatura?
Este artigo explica, de forma clara e com exemplos práticos, qual opção pode pesar menos no seu bolso — e como evitar cair em uma bola de neve de dívidas.
Como funciona o pagamento mínimo da fatura
O pagamento mínimo corresponde a um percentual (geralmente 15%) do valor total da fatura.
Quando você paga apenas esse mínimo, o restante da dívida entra no chamado juros rotativo, uma das taxas mais caras do mercado — que pode ultrapassar 17% ao mês, dependendo do banco.
Exemplo prático:
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Fatura: R$ 2.418,56
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Mínimo: R$ 362,78 (15% da fatura)
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Restante: R$ 2.055,78
Esse restante será financiado pelo banco, com juros rotativos incidindo mês a mês, até ser quitado.
Como funciona o parcelamento da fatura
O parcelamento também exige uma entrada — geralmente no mesmo valor do mínimo — e o saldo devedor é dividido em parcelas fixas, com juros menores do que os do rotativo.
Exemplo prático:
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Fatura: R$ 2.418,56
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Entrada: R$ 362,78
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Restante: R$ 2.055,78
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Parcelamento: 10x de R$ 401,51
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Juros do parcelamento: em torno de 14% ao mês, menor que o rotativo.
Comparação: pagar o mínimo x parcelar
Situação | Juros ao mês | Total pago após 1 mês |
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Mínimo + rotativo | ~17% | R$ 4.826,49 (em 2 meses, considerando juros sobre juros) |
Parcelamento | ~14% | 10x R$ 401,51 + entrada |
Já o pagamento mínimo pode ser vantajoso apenas se você tiver certeza de que conseguirá pagar toda a fatura (atual + saldo do mês anterior) no mês seguinte.
Quando pagar o mínimo pode ser melhor?
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Se você não tem dinheiro para pagar toda a fatura agora, mas no próximo mês terá condições de quitar o saldo completo (incluindo os juros rotativos).
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Ideal para situações pontuais, nunca recorrentes.
Quando parcelar é a melhor opção?
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Quando você já sabe que não conseguirá pagar o saldo total nem nos próximos meses.
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Útil para quem precisa de previsibilidade nas parcelas e taxas de juros menores do que as do rotativo.
Dicas para não se enrolar com o cartão
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Planeje suas compras para gastar no máximo 30% da sua renda no cartão.
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Evite pagar o mínimo de forma recorrente.
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Priorize quitar a fatura integral todos os meses.
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Busque renda extra para não depender de crédito para despesas básicas.
Depende do seu planejamento
Não existe uma resposta única para a pergunta “pagar o mínimo ou parcelar a fatura?”.
Se a situação é pontual e você terá dinheiro no próximo mês, o mínimo pode ser menos oneroso.
Mas, se você já sabe que não terá condições de quitar a dívida em breve, parcelar é a melhor escolha, pois oferece juros menores e previsibilidade.
Resumo das taxas
Modalidade | Juros aproximados | Quando usar |
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Mínimo + rotativo | ~17% ao mês | Situação pontual e quitável no mês seguinte |
Parcelamento | ~14% ao mês | Quando não há previsão de quitar a dívida nos próximos meses |
Para refletir
Pagar apenas o mínimo do cartão sem um plano para quitar a dívida rapidamente pode levar a uma bola de neve de juros. O parcelamento oferece uma saída mais previsível, mas também deve ser encarado como um último recurso — e nunca como hábito.
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