Uma mulher, de 38 anos, suspeita de integrar uma facção criminosa envolvida em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro, foi solta em menos de 24 horas após ser presa em Belo Horizonte. De acordo com o advogado Marco Assis, responsável pela defesa de Anne Casaes, o sistema prisional deve cumprir o alvará de soltura na tarde desta quarta-feira (16).
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Casaes estava sendo acusada de lavar dinheiro para o Comando Vermelho e de coordenar a comunicação entre líderes da facção em diferentes estados. Ela havia sido detida preventivamente durante a Operação Reversus, deflagrada pela Polícia Civil do Mato Grosso, com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais e da Agência Central de Inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas (SEJUSP-MG).
O advogado explica que o juiz entendeu, durante a audiência de custódia, que não havia requisitos para manter a prisão preventiva. “Ela é investigada de receber dinheiro oriundo de golpes online. Mas apresentamos documentos que comprovam que não tinha como ela saber da origem ilícita do dinheiro, já que ele entrou na conta de um terceiro de forma fraudulenta e, só depois, foi repassado à conta dela”.
Além disso, Assis reforça que a justiça considerou que o valor depositado na conta de Casaes não condiz com o valor do golpe apontado pelas autoridades.
As investigações apontam ainda que Casaes seria conhecida como a “Dama do Crime” dentro da facção do Comando Vermelho. A afirmação, porém, é “infundada”, segundo o advogado. “A polícia tenta, a todo custo, imputar essa ligação a ela, mas não existe nenhum elemento de prova que sustente isso”, afirma.
“Com a liberdade restabelecida, a Defesa seguirá com investigação defensiva própria, reunindo provas e depoimentos que comprovarão sua inocência e a completa ausência de participação nos fatos investigados”, conclui ele.
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