A Caixa Seguridade (CXSE3) voltou aos holofotes após registrar forte desvalorização nos últimos meses, alcançando R$ 14,43 por ação — um recuo de cerca de 13% desde a máxima histórica de R$ 16,50 no início de 2025. Apesar disso, os dividendos continuam elevados, mantendo o ativo atrativo para investidores que priorizam renda.
Desempenho recente das ações
Em julho, a ação acumula queda de 1,97% e já registra desvalorização de 5,36% em 2025, reflexo da maior seletividade dos investidores diante das incertezas macroeconômicas e da oscilação dos juros futuros. Com isso, o papel se aproxima de um suporte técnico em R$ 14 — nível considerado crítico por analistas técnicos.
Gráfico 1 mostra a evolução do preço da ação e o payout projetado:
| Período | Preço (R$) | Dividend Yield (%) |
|---|---|---|
| Máxima histórica (2025) | 16,50 | 7,8 |
| Julho/2025 | 14,43 | 9,0 |
| Suporte técnico | 14,00 | ~9,2 |
A Caixa Seguridade distribui mais de 90% do lucro líquido em dividendos, com pagamentos trimestrais que se destacam no mercado. Em 2024–2025, já foram pagos dividendos em agosto, novembro, janeiro e maio, com nova parcela de R$ 0,31 programada para 15 de agosto de 2025. Esse montante pode inclusive ser revisado para cima, graças ao rendimento da reserva em Selic, atualmente em 15% ao ano.
Projeções para 2025 indicam um lucro líquido de R$ 4,36 bilhões, o que deve se traduzir em dividendos totais de cerca de R$ 1,31 por ação no ano — yield próximo a 9% nos preços atuais.
Comparação com BB Seguridade
O mercado ainda prefere, no momento, a BB Seguridade (BBSE3), que projeta lucro maior e dividendos de aproximadamente 12% ao ano nas cotações atuais. Mesmo assim, a Caixa Seguridade apresenta fundamentos sólidos e preço abaixo do teto calculado por analistas (R$ 15,90), mantendo-se competitiva como opção no setor de seguros.
Perspectivas
Apesar do recuo no lucro trimestral (-4,5% do 4T24 para o 1T25), a comparação anual mostra crescimento de 9,2%. A queda recente das ações é vista por parte dos analistas como um movimento técnico, dentro da normalidade histórica de correções. Caso os papéis rompam o suporte dos R$ 14, novas baixas podem ocorrer, chegando a patamares próximos a R$ 13, segundo projeções gráficas.
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