
Oferta de vagas para supermercados e atacados cresce 206% em 2024, em Campinas
Entre 2023 e 2024, o número de vagas ofertadas para supermercados e atacados quase triplicou em Campinas (SP). Os dados são do Observatório do Trabalho de Campinas, que usou como referência as vagas oferecidas pelo Centro Público de Apoio ao Trabalhador (CPAT). Entenda abaixo.
Em 2023, foram ofertadas 1.393 vagas;
Em 2024, foram oferecidas 4.274 vagas.
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O número representa um aumento de 206,8% nos postos de trabalho.
Os destaques, neste período, vão para os seguintes postos: operador de caixa (crescimento de 286%), repositor de mercadorias (270%) e atendente de lojas e mercados (161%).
E 2025 nao fica atrás. No primeiro semestre do ano, já foram ofertadas 2.451 vagas.
Entenda o motivo
Segundo Guilherme Damasceno, diretor do CPAT, um dos motivos para o crescimento se deve ao fato de novas redes de mercado chegarem à cidade.
“A gente tem percebido uma atividade econômica bastante intensa em Campinas, várias novas redes se instalando na cidade, novas unidades sendo criadas, e isso tem estimulado muito a economia. Então, essas empresas têm ofertado muitas vagas”, explica
Damasceno também observa que os benefícios oferecidos pelas empresas têm sido um atrativo a mais para os candidatos.
“A gente percebe que o trabalhador tem optado pelas vagas que têm um horário de trabalho mais durante o horário comercial (…) e buscando outros benefícios, como vale-transporte, vale-alimentação, seguro de vida, plano de saúde”, complementa o diretor.
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Reprodução/EPTV
Camila Maria da Silva estava fora do mercado de trabalho há mais de dois meses. Ela viu no ramo de supermercados uma oportunidade e decidiu se aplicar a uma vaga de assistende de rotisseria.
“Eu sempre tive vontade de trabalhar nesse ramo de culinária, mexer com comida, essas coisas assim, e aí apareceu essa vaga e foi meio que o encaixe perfeito”, conta.
As vagas oferecidas, no geral, contemplam diversos perfis, desde jovens buscando seu primeiro emprego, trabalhadores com mais de 50 anos e também pessoas com deficiência (PCDs).
A analista de Recursos Humanos Luciana Mattos, que trabalha em uma rede de supermercado da região, explica que os trabalhadores com mais de 50 anos têm ganhado cada vez mais espaço.
“Com a procura dos 50+, a gente começou a apostar nessa contratação e foi super assertiva. Os 50+, têm uma responsabilidade muito maior, um atendimento, uma paciência, então são só qualidades”, narra a analista.
Luiz Carlos Teixeira é um deles. Aposentado, trabalha como operador de caixa. Começou no ano passado e, mesmo com mais de 70 anos, parar não está nos planos.
“A gente sente no bolso um pouco, né? Porque a aposentadoria não complementa tudo, e por esse motivo também resolvi voltar, né? Para ter um complemento da aposentadoria no salário”, conta Luiz.
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