
PM suspeito de envolvimento no atentado a Vinícius Drumond se entrega
Dois dos 4 suspeitos de participação no atentado contra o bicheiro Vinicius Drumond, no último dia 11, também são investigados por outros 2 casos: as execuções do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em fevereiro de 2024, e do comerciante Antônio Gaspazianni Chaves, 4 meses depois.
A polícia já tinha prendido o ex-PM Deivyd Bruno Nogueira Vieira, o Piloto. Nesta segunda-feira (21), um dos foragidos se entregou: o policial militar Luiz César Cunha se apresentou às autoridades na 22ª DP (Penha). São considerados foragidos Adriano Carvalho e Rafael Ferreira, conhecido como Cachoeira.
O delegado Leandro Costa, da Delegacia de Homicídios da Capital, afirmou que Piloto e Cachoeira têm suspeita de envolvimento nesses homicídios do ano passado.
“Os autores dessa tentativa de homicídio contra o Vinicius são investigados por pelo menos outros 2 homicídios com dinâmica parecida”, explicou o delegado.
Neste domingo, o Disque Denúncia divulgou um cartaz em que pedia informações sobre Luiz, Adriano e Cachoeira.
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Disque Denúncia pede informações que levem à prisão dos suspeitos pela morte do bicheiro Vinícius Drumond
Divulgação
Relembre os crimes
Rodrigo Crespo, advogado de 42 anos, foi morto a tiros em frente ao prédio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no dia 26 de fevereiro de 2024, quando saía do escritório onde trabalhava.
Uma das linhas de investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) é que Crespo tinha ligação com o setor de apostas on-line — e Vinicius Drumond é investigado nesse crime.
Três homens viraram réus e vão a júri popular, ainda sem data: Cezar Daniel Mondêgo de Souza, Eduardo Sobreira de Moraes e Leandro Machado da Silva. A sessão que julgará Cezar foi desmembrada.
Antônio Gaspazianni Chaves tinha 33 anos e, segundo testemunhas, era o dono do Bar Parada Obrigatória. Na manhã de 9 de junho de 2024, foi morto a tiros a poucos metros do estabelecimento.
Segundo a polícia, Gaspazianni foi morto porque desviou dinheiro das máquinas caça-níqueis que possuía em seus bares.
Imagens inéditas
Drumond é apontado pela polícia como integrante da nova cúpula do jogo do bicho no estado. Herdeiro do bicheiro Luizinho Drumond, Vinícius foi seguido por criminosos armados e sofreu um ataque a tiros quando deixava uma academia em um shopping na Barra da Tijuca.
Uma gravação do dia 9 de julho, obtida com exclusividade pelo Fantástico, é uma das provas de que o grupo de extermínio planejou cada detalhe do atentado. A data do crime foi marcada para 2 dias depois: 11 de julho.
Nas imagens, Piloto foi flagrado próximo ao local monitorando a rotina da vítima. Os registros de câmeras de segurança mostram toda a movimentação até o momento do ataque, ocorrido em plena Avenida das Américas.
As investigações revelaram que os suspeitos do crime partiram de Duque de Caxias e percorreram cerca de 40 km até o endereço do alvo. Os criminosos estavam armados com fuzis.
Disque Denúncia pede informações sobre envolvidos em ataque a Vinicius Drumond
A Avenida das Américas é a mais movimentada da Barra da Tijuca. No trânsito pesado do fim da manhã, o Porsche de Vinícius – avaliado em mais de R$ 1 milhão — foi metralhado. As câmeras registram o desespero de quem não tem nada a ver com essa guerra.
Vinicius sofreu apenas ferimentos leves devido à blindagem reforçada do veículo.
A polícia diz que, além de explorar o jogo do bicho, ele também é suspeito de agiotagem, lavagem de dinheiro, corrupção e por chefiar uma quadrilha que furtava petróleo de dutos da Petrobras.
As autoridades temem uma nova escalada da violência entre grupos rivais.
Quem tiver informações sobre os fugitivos pode denunciar pela Central de atendimento: (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp: (21) 2253-1177; ou ainda pelo aplicativo do Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.