O Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas) exigiu celeridade nas investigações a respeito da morte de Soraya Tatiana Bomfim França, professora de história encontrada morta nesse domingo (20) em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso é apurado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG).
Em publicação nas redes sociais, o Sinpro demonstrou indignação com o ocorrido, pedindo a punição dos envolvidos. “Até quando nós mulheres vamos viver com medo? Exigimos investigação célere para que os responsáveis pela morte da professora Soraya sejam julgados e punidos”, diz a legenda da postagem, feita no Instagram.
O corpo de Soraya Tatiana Bonfim estava sob um viaduto no bairro Caieiras, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e apresentava sinais de violência. Ela morava no bairro Santa Amélia, na Pampulha, e trabalhava no Colégio Santa Marcelina, um dos mais tradicionais da capital mineira.
“Neste momento de dor, o Sinpro Minas se solidariza com a família, os amigos, colegas e alunos de Soraya. Que os momentos de convivência permaneçam como boas lembranças”, completa o texto. O órgão representa docentes do setor privado de Minas Gerais.
Suspeita de violência sexual
Segundo a Polícia Militar, o corpo foi encontrado parcialmente coberto por um lençol e a vítima vestia apenas a parte de cima de uma roupa, uma blusa cinza. A perícia da Polícia Civil, que esteve no local, constatou marcas que se assemelham a queimaduras na parte interna das coxas da vítima.
Ainda segundo o registro policial, havia manchas de sangue e há suspeita de que a professora possa ter sofrido violência sexual. A causa da morte, no entanto, só será confirmada após exames no Instituto Médico-Legal (IML). Nenhum documento foi encontrado junto ao corpo, apenas um óculos escuro.
O desaparecimento
O filho da professora, um homem de 32 anos, registrou o desaparecimento da mãe no sábado (19). Ele relatou à polícia que a viu pela última vez por volta das 20h de sexta-feira, quando saiu de casa para uma viagem. Segundo o filho, Soraya estava na sala, vestindo uma camisola cinza.
O homem sentiu falta da mãe quando tentou falar com ela, por telefone, durante a manhã de sábado, mas não teve sucesso. Ele pediu que uma tia fosse até o apartamento da família, mas o imóvel estava trancado. Um chaveiro foi chamado para arrombar a porta e o local estava intacto, sem sinais de crime.
O filho voltou para a capital mineira e registrou um boletim de ocorrência. Após a localização de um corpo em Vespasiano, no domingo, a polícia suspeitou que poderia ser da professora desaparecida em BH. O filho foi chamado e fez o reconhecimento do corpo da mãe no IML.
O Colégio Santa Marcelina, onde Soraya lecionava, divulgou uma nota de pesar lamentando a morte trágica da funcionária e se solidarizando com amigos e familiares. A notícia da morte da professora causou grande comoção na comunidade escolar e nas redes sociais.
“Tati, você tornou o mundo melhor com seu cuidado, carinho e alegria. Já estamos sentindo sua falta. Descanse em paz!”, escreveu um internauta.
“Grande perda pra comunidade educacional e para o mundo. Tati sempre foi criativa e engajada para ajudar os estudantes, lembro que nos levou ao cinema no início de 2020 para assistirmos 1917 para iniciarmos o aprendizado sobre a Primeira Guerra. Em plena pandemia, ela conseguiu passar atividades para despertar o interesse dos alunos, sempre para nos conectarmos e não deixarmos o momento conturbado prejudicar nosso aprendizado. Obrigada Tati por todos os ensinamentos e carinho. Nunca vou esquecer de você me elogiando e elogiando aos meus colegas sempre que nos esforçávamos”, lembrou-se um aluno.
Corpo será velado nesta segunda
Familiares e amigos se despedem nesta segunda-feira (21) de Soraya Tatiana Bomfim França em velório que ocorrerá no Cerimonial Santa Casa BH, região Centro-Sul da capital.
O sepultamento está marcado para a manhã de terça-feira (22), às 9h30, no Cemitério da Paz, em Belo Horizonte.
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