Expansão do metrô promete transformar mobilidade no Rio com 44 km de trilhos

O metrô do Rio de Janeiro está prestes a viver uma nova fase de sua história. Um ambicioso plano de expansão foi anunciado com a promessa de dobrar a extensão atual da rede até 2032, corrigindo décadas de crescimento lento e desigual. Com um investimento estimado em mais de R$ 28 bilhões, o projeto prevê 31 novas estações, 44 km adicionais de trilhos e uma inédita integração entre bairros e municípios vizinhos, especialmente as regiões historicamente negligenciadas.

Um passado de promessas e obras inacabadas

Desde sua inauguração oficial em 1979, com apenas 4,3 km e cinco estações, o metrô do Rio cresceu a passos lentos. Ao longo dos anos 1980 e 1990, novas estações e a Linha 2 foram inauguradas, mas projetos ficaram pelo caminho  como a estação Gávea, que consumiu bilhões e jamais foi concluída. Apesar dos avanços pontuais, a malha atual soma apenas 41 estações e 51 km, sem alcançar zonas densamente povoadas nem os principais terminais da cidade.

As administrações públicas optaram, por décadas, por modais mais baratos, como o BRT, em detrimento do metrô, criando gargalos e limitando a integração entre regiões.

O novo plano: três frentes para transformar a cidade

O novo projeto de expansão propõe três frentes de obras:

  • Linha 3: o destaque do plano, com 28 km e 15 estações, ligando o centro do Rio a Niterói e São Gonçalo por um túnel subaquático sob a Baía de Guanabara uma solução tecnológica de ponta. A linha promete reduzir o trajeto São Gonçalo–Niterói de 2 horas para 40 minutos e atender cerca de 650 mil usuários por dia.

  • Ligação Estácio–Praça 15: corrigirá gargalos operacionais, eliminando a necessidade de compartilhamento de trilhos entre as linhas 1 e 2, aumentando a eficiência e a capacidade do sistema em até 70%. Essa conexão consolidará o centro como hub estratégico.

  • Extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes: prevê cerca de cinco novas estações, incluindo o Terminal Alvorada, para finalmente atender a zona oeste, região que concentra 40% da população carioca mas carece de infraestrutura metroviária.

Cronograma e desafios

O cronograma estabelece o início das licitações em 2026, com as obras começando logo depois. As primeiras operações estão previstas para 2031, e a conclusão integral para o final de 2032. O projeto já integra o novo PAC e conta com apoio do governo federal, estadual e financiamento do BNDES.

No entanto, paira a desconfiança: obras inacabadas, como a estação Gávea e a “estação fantasma” da Carioca, são fantasmas que ainda assombram a confiança da população. O maior desafio, além de técnico e financeiro, será resgatar a credibilidade junto aos milhões de usuários que dependem do sistema.

Impacto esperado

Caso seja executado conforme o plano, a expansão deverá transformar a mobilidade urbana no Rio, criando uma rede integrada e eficiente. Áreas isoladas, como São Gonçalo e a zona oeste, finalmente ganharão acesso a um transporte rápido e seguro. O projeto também deve impulsionar o desenvolvimento urbano e econômico em torno das novas estações.

Mais do que apenas aumentar a quantidade de trilhos, a proposta é redesenhar a mobilidade para tornar a cidade mais conectada e justa, dando um passo para cumprir a promessa feita há mais de 50 anos, quando o metrô carioca nasceu como símbolo de modernidade.

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