A aviação mundial está a um passo de uma nova era com o desenvolvimento do CFM Rise, motor que promete unir eficiência, menor consumo e baixo ruído. Projetado em parceria entre a CFM International e a Airbus, o Rise aposta no conceito de hélice aberta (“open fan”), desafiando o tradicional design dos turbofans atuais.
O objetivo é ambicioso: oferecer o consumo de um turboélice com a velocidade e desempenho de um turbofan, enquanto contribui para a meta da Airbus de descarbonizar totalmente a aviação até 2050.
Um novo design para um novo futuro
O CFM Rise se destaca por seu visual inédito, com duas hélices — a dianteira móvel e a traseira fixa — que permitem maior empuxo e menor consumo. Seu diâmetro é mais que o dobro do de motores convencionais, o que gera desafios para integrá-lo às aeronaves futuras, como vibração e posição nas asas.
Atualmente, testes em túnel de vento já são realizados na França e na Holanda, focando no comportamento aerodinâmico, acústico e na eficiência em diferentes fases do voo. Segundo a Airbus, o motor só será certificado se provar eficiência e segurança “à exaustão”.
De olhos em 2030
O cronograma prevê a instalação do primeiro protótipo em um Airbus A380 modificado para testes, com ensaios em voo previstos para o final desta década. A apresentação oficial de projetos com motores inovadores deve ocorrer durante a Farnborough Airshow 2026, no Reino Unido.
Além do Rise, outras soluções para reduzir emissões já estão no radar da indústria: propulsão híbrida, motores elétricos para taxiamento, uso de combustíveis sustentáveis (SAF) e até mesmo hidrogênio. Este último, embora promissor, ainda enfrenta obstáculos tecnológicos e de infraestrutura.
Corrida tecnológica também em outras frentes
Outros fabricantes, como Rolls-Royce e Pratt & Whitney, também desenvolvem alternativas, como o projeto Hyaids, que aposta no hidrogênio em colaboração com a Hydrogen Solutions e a InSat canadense. Enquanto isso, a eletrificação avança nos motores para movimentação no solo e até em cruzeiro, reduzindo ainda mais as emissões.
Rússia e Brasil também se movimentam
Enquanto o Ocidente aposta em novos combustíveis e conceitos híbridos, a Rússia retomou o desenvolvimento de motores nacionais, como o PD14 para o MS-21 e o novo PD8, para o SJ100. No Brasil, a expectativa recai sobre o EVTOL nacional, com o primeiro voo programado para 2026, marcando mais um passo rumo à mobilidade aérea sustentável.
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