Um carro elétrico novo por menos de R$ 35 mil parece ficção, mas é realidade na China. O Wuling Hongguang Mini EV, fruto da parceria entre a General Motors, SAIC e a chinesa Wuling, já vendeu mais do que o Tesla Model 3 em território chinês em diversos períodos. Compacto, urbano e econômico, ele virou fenômeno entre jovens e trabalhadores que precisam de mobilidade acessível no dia a dia.
Pequeno no tamanho, gigante no impacto
Lançado com o propósito de democratizar o acesso a veículos elétricos, o Mini EV tem espaço para duas a quatro pessoas, autonomia entre 120 km e 170 km (dependendo da versão), e pode ser recarregado em uma simples tomada de 220V. Ele é ideal para deslocamentos urbanos curtos, e seu consumo energético é baixíssimo.
Característica | Especificação |
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Preço (conversão direta) | Aproximadamente R$ 35.000 |
Autonomia média | 120 a 170 km |
Capacidade | 2 a 4 pessoas |
Recarga | Tomada comum 220V |
Velocidade máxima | Cerca de 100 km/h |
Segurança (China) | Estrutura reforçada para colisões urbanas |
O segredo está na simplicidade. O Mini EV foi projetado com foco total em custo-benefício:
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Design básico: bancos simples, painel digital funcional, sem multimídia integrada.
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Produção em massa: fabricado em grande escala com subsídios do governo chinês.
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Leve e compacto: o que reduz o uso de materiais e o custo da bateria.
Além disso, a ausência de componentes sofisticados reduz significativamente os custos de manutenção. Como carro elétrico, ele possui menos peças móveis que os modelos a combustão, o que significa menos problemas e mais economia.
Estilo pop e personalizável
Na China, o Mini EV já ultrapassou o status de “carro baratinho” e virou um item de estilo. Vídeos virais mostram versões personalizadas com luzes neon, pinturas coloridas e até portas tipo “Lamborghini”. A base leve e versátil facilita a customização, fazendo do modelo um verdadeiro sucesso entre o público jovem.
E no Brasil, ele funcionaria?
A resposta é: sim, com ajustes. Em grandes cidades como São Paulo, Salvador ou Curitiba, o Mini EV se encaixa perfeitamente à rotina urbana. No entanto, para circular legalmente por aqui, ele precisa atender exigências de segurança como airbags e controle de estabilidade, além de ser homologado pelo Inmetro.
Importadoras já avaliam versões adaptadas para o mercado nacional, o que pode abrir caminho para uma nova era de mobilidade acessível no Brasil.
A pressão sobre as montadoras tradicionais
Enquanto o Mini EV é vendido por menos de R$ 35 mil na China, modelos urbanos elétricos no Brasil como o Citroën AMI ultrapassam os R$ 100 mil. O contraste é gritante e coloca pressão sobre montadoras como Fiat, Volkswagen e Toyota, que agora correm para desenvolver elétricos mais acessíveis.
O consumidor já percebeu que não precisa gastar uma fortuna para ter um carro funcional, econômico e sustentável. E isso está forçando a indústria a rever seus custos e estratégias.
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