Um homem foi condenado a mais de 125 anos de prisão em regime fechado por participação na Chacina de Itabirito, que deixou cinco mortos e quatro feridos em agosto de 2020. A decisão foi do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, em julgamento realizado nessa terça-feira (22). O réu também foi condenado pelos crimes de associação criminosa e por ameaçar outras sete pessoas.
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Devido à grande repercussão do caso na cidade da Região Central de Minas, o julgamento foi transferido para a capital mineira.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o crime foi motivado por uma violenta disputa pelo controle do tráfico de drogas nos bairros Padre Adelmo e Vila José Lopes, em Itabirito.
O réu, com outros integrantes de um grupo criminoso, teria passado a ameaçar e forçar uma família a entregar um ponto de venda de drogas. A ofensiva resultou na morte de cinco pessoas. Outras quatro vítimas foram baleadas e sobreviveram, no que ficou classificado como “erro de execução” durante os ataques.
Mesmo após os assassinatos, o grupo continuou a fazer ameaças contra rivais na tentativa de dominar a região.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente as teses da promotoria e considerou o réu culpado por:
- Cinco homicídios consumados, duplamente qualificados (motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas);
- Quatro tentativas de homicídio, com as mesmas qualificadoras;
- Associação criminosa;
- Sete crimes de ameaça.
Outros envolvidos
Além do réu condenado a 125 anos, outras cinco pessoas foram denunciadas pela chacina. Os processos foram separados e quatro deles já foram julgados com as seguintes sentenças:
- Um condenado a 46 anos e seis meses de prisão;
- Um condenado a 19 anos de prisão;
- Dois condenados a um ano e cinco meses de prisão, pelo crime de associação criminosa e ameaça;
- Um condenado a 10 meses de reclusão por associação criminosa e lesão corporal leve.
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