Everton Ribeiro no Festival Negritudes: “ouvir, aprender e apoiar”

Salvador está sendo palco de inúmeras conversas sobre a cultura brasileira e negra nesta quinta-feira, 24, no Festival Negritudes Globo 2025. Entre os muitos famosos que participaram de palestras, rodas de conversa e fizeram apresentações artísticas, esteve Everton Ribeiro, jogador do Bahia que, como ele próprio disse, foi ao evento para “aprender sobre o que a negritude sente e vive”.O meio-campista participou do evento em uma roda sobre racismo no meio do futebol, e de todas as reflexões sobre racismo e representatividade que o envolveram, conversando com exclusividade com o Grupo A Tarde após o final da roda de conversa.

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Everton comentou sua responsabilidade enquanto pessoa branca e figura pública no combate ao racismo, valorizando a importância do evento e das falas negras que ganham palco nele.”Estou muito feliz em estar aqui. Muito prazer em receber esse convite, estar aqui com essa rapazeada que eu sigo e me ensina muito. Acredito que mostrar apoio, ouvir, aprender sobre o que a negritude sente e vive é essencial”, opinou. “Às vezes passamos despercebidos por não vivermos esse dia a dia, por não sentirmos na pele o racismo. Mas, ao darmos ouvidos, apoiarmos e estarmos abertos a aprender, contribuímos para a transformação e para a construção de um mundo melhor para todos”, completou.Roda de conversaNo evento, Everton comentou sobre a postura de Vinicius Júnior no combate ao racismo no futebol, afirmando se orgulhar muito das ações do ex-Flamengo. “Temos o Vini Jr. combatendo o racismo, sendo muito enfático, não se esconde. A gente consegue conversar, ter uma ideia do que ele passa, do que ele sofre”, afirmou. “A gente viu ele chorando. E ver um menino chorando pelo que a torcida falou, pelo que eles fizeram, é triste ver que a sociedade não muda. E ver ele combatendo acaba chegando nos jogadores. A gente troca uma ideia, tento passar o que aprendo”, explicou.”É o momento da gente poder acolher, mostrar que está com ele. Eu mesmo não entendia. A gente vê muitas coisas dentro de campo e no estádio “liberadas”. Mas com os jogadores apoiando, mostrando que está errado, essas pessoas podem se constranger, e a gente ter uma mudança de atitude e pensamento”, completou.

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