
A queda de um avião no leste da Rússia matou todas as quarenta e oito pessoas a bordo.
Uma floresta numa montanha e uma coluna de fumaça. Um helicóptero de resgate registrou os sinais da tragédia.
O avião partiu de Blagoveshchensk rumo a Tynda, no extremo leste da Rússia, perto da fronteira com a China. E caiu quando tentava pousar pela segunda vez.
48 morrem em queda de avião na Rússia
Reprodução/TV Globo
Essa voz é de um colega do piloto.
“Ele era muito profissional, com vasta experiência”, contou.
Seis tripulantes estavam a bordo, com 42 passageiros. Entre eles, cinco crianças. Ninguém sobreviveu.
Operado pela companhia aérea regional Angara, o Antonov An-24 foi fabricado na era soviética. O ano: 1976. Pela resistência às duras condições na remota Sibéria, o modelo ganhou o apelido: “trator voador”. Voa em temperaturas muito baixas e consegue pousar em pistas não pavimentadas.
As autoridades abriram uma investigação. Segundo a imprensa estatal russa, a tripulação não comunicou problemas durante o voo.
O acidente levanta questões sobre a segurança da envelhecida frota aérea russa. E chama a atenção para um dos efeitos da guerra que a Rússia começou contra a Ucrânia.
As sanções impostas pelo Ocidente por causa do conflito dificultam a compra de aviões e de peças de reposição. Diante das dificuldades de produção, algumas companhias aéreas pediram ao governo russo a extensão da vida útil dos Antonov. A Angara foi uma delas.
Avião que caiu na Rússia era considerado “trator voador”
Reprodução/TV Globo
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