MSC desafia sanções dos EUA e encomenda 12 navios movidos a GNL na China
A MSC Mediterranean Shipping Company, maior empresa de transporte marítimo de contêineres do mundo, anunciou um novo e ambicioso pacote de encomendas de navios porta-contentores movidos a gás natural liquefeito (GNL), mesmo diante das recentes sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos contra embarcações construídas na China.
A companhia suíça firmou contratos com três estaleiros chineses para a construção de até 12 novos navios com propulsão a GNL, reforçando seu compromisso com a descarbonização da frota e a liderança na adoção de combustíveis alternativos.
Detalhes das encomendas
De acordo com informações divulgadas pela corretora marítima grega Intermodal, a MSC encomendou:
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4 navios de 22.000 TEU no estaleiro Waigaoqiao, em Xangai.
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2 navios de 22.000 TEU na Hengli Heavy Industries, ao custo de US$ 200 milhões cada.
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3 + 3 navios de 21.000 TEU no estaleiro CMHI Haimen (China Merchants Heavy Industry), estimados em US$ 210 milhões por unidade.
As entregas estão previstas para os anos de 2028 e 2029, com a maioria dos contratos já firmados e outros em fase de opção.
Contexto geopolítico e ambiental
As encomendas foram formalizadas apesar das sanções propostas pelos EUA em fevereiro de 2025, que preveem taxas portuárias de até US$ 1,5 milhão por escala para embarcações construídas na China ou operadas por empresas chinesas.
Mesmo assim, a China mantém sua posição dominante como maior construtor naval do mundo, responsável por mais de 60% dos novos navios encomendados globalmente.
A decisão da MSC reforça uma tendência de priorizar a eficiência ambiental e o custo-benefício da construção naval chinesa, mesmo diante de pressões regulatórias externas.
GNL lidera transição verde no setor marítimo
O crescimento da frota sustentável é impulsionado por metas internacionais de redução de emissões no transporte marítimo. Segundo dados da Intermodal, em julho de 2025, a frota global movida a combustíveis alternativos já somava 2.455 embarcações, sendo:
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80% preparadas para GNL, totalizando 1.421 unidades.
O GNL continua como a principal alternativa para substituição dos combustíveis fósseis tradicionais no setor, graças à sua redução de emissões de carbono e óxidos de enxofre.
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