Falsa pobre: estudante de medicina é desmascarada por juíz

Uma estudante de medicina da UniEVANGÉLICA, que se dizia pobre, foi desmascarada após tentar enganar o sistema público para manter a bolsa integral do “Programa GraduAção”, a mulher chamada de Gabriella Andrade Viegas de Arruda, na verdade, mantém um alto padrão de vida. O juiz da Vara da Fazenda Pública Municipal de Anápolis, juiz Gabriel Lisboa, descobriu em pesquisas na internet, no TikTok, que Gabriella Andrade e sua família têm um padrão de vida que não combina com a pobreza alegada no processo de matrícula.No processo, a estudante sustenta que depende apenas dos avós maternos, com renda familiar de três salários mínimos, mas essa versão foi desconsiderada quando o juiz resolveu verificar informações públicas na internet e nas redes sociais.O que o juiz constatou?A primeira descoberta foi que a própria advogada que assinou o processo, Priscilla Silva de Andrade, é a mãe da estudante. Outro fato impressionante, foi a descoberta de que a profissional, além de trabalhar como advogada, é servidora pública estadual.A profissional acumula salários que chegam a R$ 8.496,10 mensais, valor que sozinho já é quase três vezes maior que os três salários mínimos alegados como renda total da família.O juiz descobriu também que a mãe da estudante tem uma empresa registrada no mesmo endereço onde a filha mora. Esta coincidência não só sugere renda extra não declarada, mas também levanta dúvidas sobre a história de que a jovem morava só com os avós pobres.Outra pessoa que passou pelo pente fino do juíz, foi o pai da estudante, Tiago Viegas de Arruda, sócio da empresa Viegas e Oliveira – Empreendimentos Imobiliários LTDA, conhecida como Duetto Imóveis, além de ter trabalhado em cargo de confiança no Instituto de Seguridade Social dos Servidores Municipais de Anápolis (ISSA) na gestão Roberto Naves (Republicanos).Avô empresárioO magistrado descobriu também informações reveladoras sobre o avô materno, com quem a estudante dizia morar em situação de pobreza. O homem, chamado, Marcos Valin de Andrade, é sócio-administrador da empresa MVA Prestadora de Serviços Ltda, com capital social de R$ 100 mil.

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A sede da empresa fica no mesmo endereço da estudante e da empresa de sua mãe, que mostra uma verdadeira concentração de negócios da família no local que deveria ser apenas uma casa simples de aposentados.Vida de luxoAo analisar as redes sociais da garota, o juiz descobriu que a estudante é adepta a corridas e ao modo de vida fitness, e além disso também tem perfil público no TikTok que mostra viagens internacionais que não combinam nada com o padrão de vida de quem vive com apenas três salários mínimos por mês.Em um dos vídeos nas redes sociais, mostra um compilado de imagens de possíveis experiências que a estudante teve ao visitar países da Europa. Em outro, ela ostenta no braço um Apple Watch esportivo-feminino, que pode chegar a bagatela de R$ 3 mil.Programa de bolsas da Prefeitura não gera direitoAinda que tenha sido instituído por lei local, o “Programa GraduAção” não gera direito à estudante, podendo o gestor de plantão, se assim entender, suspender e até encerrá-lo caso queira.Acionamento do Ministério PúblicoO juíz ainda determinou o envio do processo da estudante ao Ministério Público de Goiás (MPGO), deixando margem ao órgão, para, caso queira, investigar a conduta dos citados e usar as informações trazidas na decisão para confrontá-las com a Receita Federal.Confira o vídeo de viagens da estudante no TikTok

@gabiandradev Primeira vez correndo 10km ✅ #corridaderua #10km #running #10kmrun #adidas #runner #runway ♬ som original – gabiandradev

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