Três homens, de 35, 41 e 60 anos, foram presos suspeitos de participarem de um roubo a 120 toneladas de café em Várzea da Palma, no Norte do estado. De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o crime ocorreu no dia 22 de junho deste ano e a carga está avaliada em cerca de R$ 4 milhões. As informações sobre a prisão foram divulgadas durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (29).
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O delegado João Victor, da Delegacia de Crimes Rurais, explicou que os suspeitos, juntamente com outras 14 pessoas, invadiram uma fazenda na zona rural de Várzea da Palma. “Eles estavam fortemente armados, portando, inclusive, fuzis. Eles fizeram oito funcionários reféns e utilizaram drones, rádios e comunicadores a fim de coordenar a logística do crime e monitorar o entorno da fazenda”.
O grupo carregou três carretas com o café. Uma das carretas foi recuperada pela PCMG, em Coromandel, no Triângulo Mineiro, com 50 toneladas de grão beneficiado.
O preso de 60 anos é dono de uma empresa de transporte e é suspeito de prestar apoio e suporte logístico à organização criminosa. “Provavelmente, o grupo acreditou que utilizar uma empresa lícita de transporte daria uma aparência de legalidade ao transporte da carga subtraída”, afirma o delegado. Ele é pai do segundo suspeito, de 35 anos, que já possui registros criminais por organização criminosa, furto qualificado e receptação. Os dois foram presos em Paracatu, no Noroeste de Minas.
O terceiro suspeito, de 41 anos, foi preso em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, na última quinta-feira (24). Ele também já possui registros criminais por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e extorsão.
Além das prisões, cerca de R$ 1,3 milhões foram bloqueados em contas bancárias vinculadas aos investigados, e aproximadamente 40 veículos, entre carretas, semi-reboques e caminhonetes de alto valor, foram alvo de restrições judiciais. Os veículos estão avaliados em, aproximadamente, R$ 8 milhões, de acordo com o valor de mercado atual.
“A destinação final desses bens e valores depende de um provimento jurisdicional definitivo… mas, de todo modo, as medidas já foram rapidamente tomadas com o objetivo de asfixiar financeiramente o grupo criminoso e de garantir o ressarcimento à vítima”, conclui João Victor.
Segundo a corporação, as investigações prosseguem com a finalidade de identificar os outros envolvidos.
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