Nayara Gabriely Nunes de Araújo e Sivanilson Sinésio de Lira Lima foram encontrados mortos em Santa Cruz do Capibaribe
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil de Pernambuco apreendeu dois adolescentes, de 15 e 16 anos, suspeitos de envolvimento no assassinato de Sivanilson Sinésio de Lira Lima, de 21 anos, e Nayara Gabriely Nunes de Araújo, de 18 anos, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do estado. Os jovens também teriam ajudado a ocultar os corpos do casal, que estavam desaparecidos desde o dia 11 de julho.
Na sexta-feira (25), João Vitor dos Santos Araújo, de 19 anos, já havia sido preso pela polícia. Ele confessou a autoria do duplo homicídio e indicou o local onde os corpos estavam enterrados: covas rasas nos fundos do prédio abandonado da antiga Escola Evangélica, no bairro Bela Vista.
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As apreensões ocorreram na terça-feira (29), após depoimentos prestados na delegacia. Os adolescentes foram encaminhados à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), em Caruaru, também no Agreste.
De acordo com as investigações, os adolescentes teriam atuado como cúmplices de João Vitor tanto nas mortes quanto na tentativa de ocultação dos cadáveres.
Relembre o caso
Nayara saiu de casa no final da tarde do dia 11 de julho, no bairro Cruz Alta, para buscar o namorado Sivanilson na fábrica de confecções onde ele trabalhava. O casal foi visto saindo de moto, mas desapareceu logo em seguida. Familiares tentaram contato, sem sucesso, e registraram o desaparecimento.
As investigações levaram até João Vitor dos Santos Araújo, colega de trabalho de Sivanilson. Em depoimento, ele confessou o crime e levou os investigadores até o terreno onde os corpos foram enterrados. A motivação apontada inicialmente foi um desentendimento entre ele e Sivanilson. Nayara teria sido morta por estar com o namorado no momento da abordagem.
Na residência do suspeito, localizada no bairro Bela Vista, peritos identificaram marcas de sangue no banheiro, na cozinha e em um carrinho de mão, que pode ter sido usado para transportar o corpo de Nayara. A casa havia passado por uma tentativa de limpeza, incluindo pintura das paredes, mas reagentes químicos como o luminol confirmaram a presença de vestígios biológicos.
A perícia recolheu ainda outros materiais que devem passar por exames de DNA. A polícia trata o caso como crime premeditado, com ocultação de cadáver. O sepultamento das vítimas ocorreu no sábado (26), no cemitério de São Judas Tadeu, em Santa Cruz do Capibaribe. Segundo a Polícia Civil, as investigações continuam até completa elucidação do caso.
