O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na tarde desta quarta-feira, 30, a Ordem Executiva que oficializa a tarifa de 50% a produtos importados do Brasil.De acordo com ele, a medida foi oficializada como uma reposta a ações Brasileiras que representariam uma ameaça “incomum e extraordinária” para a economia norte-americana e a política externa do país.A medida passa a entrar em vigor a partir da sexta, 1 de agosto, e, de acordo com o governo brasileiro, tentativas foram feitas para mitigar os efeitos e rever as tarifas, mas não houve uma aproximação institucional entre os países.”O que está nos impedindo é que ninguém quer conversar. Eu pedi para fazer contato”, afirmou Lula em entrevista ao jornal New York Times.No comunicado divulgado pela Casa Branca, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e alguns de seus apoiadores, são citados como vítimas de “graves violações de direitos humanos” e o país continuará a “usar sua influência para proteger empresas americanas”Veja abaixo o comunicado da Casa Branca na íntegra:Hoje, o presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total para 50%, em resposta a políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que representam uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.A ordem declara uma nova emergência nacional com base na autoridade do presidente sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA).A medida visa responder às ações do governo brasileiro que, segundo o comunicado, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA, a política externa e a economia do país.A ordem afirma que a perseguição política, intimidação, censura e processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves violações de direitos humanos e enfraquecem o Estado de Direito no Brasil.O presidente Trump reafirma seu compromisso com a defesa da segurança nacional, da política externa e da economia dos EUA contra ameaças estrangeiras, incluindo:Proteger empresas americanas contra coerção e censura ilegais;Responsabilizar violadores de direitos humanos por comportamentos autoritários.Segundo o comunicado:Autoridades brasileiras teriam coagido empresas dos EUA a censurar discursos políticos, entregar dados sensíveis de usuários e alterar políticas de moderação de conteúdo sob ameaça de multas, processos criminais, congelamento de ativos ou exclusão do mercado brasileiro.O ministro Alexandre de Moraes, do STF, é citado como responsável por centenas de ordens secretas de censura, ameaças a executivos de empresas americanas e congelamento de ativos para forçar o cumprimento dessas ordens.O comunicado também menciona o caso de Paulo Figueiredo, residente nos EUA, que estaria sendo processado criminalmente no Brasil por declarações feitas em solo americano.COLOCANDO A AMÉRICA EM PRIMEIRO LUGARCom a imposição dessas tarifas, o presidente Trump afirma estar:Protegendo a segurança nacional, a política externa e a economia dos EUA contra ameaças estrangeiras;Reforçando sua política externa baseada nos valores, soberania e segurança dos EUA.Outras ações mencionadas:Em 28 de maio de 2025, o secretário de Estado Marco Rubio anunciou restrições de visto a estrangeiros envolvidos em censura de expressão protegida nos EUA.Em 18 de julho, Trump ordenou a revogação dos vistos de Alexandre de Moraes, seus aliados no STF e seus familiares imediatos.A Casa Branca conclui que a defesa da liberdade de expressão e das empresas americanas continuará sendo prioridade da política externa “America First”.Entenda o tarifaçoNo dia 9 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de uma sobretaxa de 50% nos produtos brasileiros exportados para o país. A medida, segundo o chefe da Casa Branca, que também trava uma guerra comercial com o Brics, bloco econômico do qual o Brasil faz parte, é uma retaliação ao que ele considerada uma perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).”Conheci e tive contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei profundamente, assim como a maioria dos outros líderes mundiais. A maneira como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato — inclusive pelos Estados Unidos —, é uma desgraça internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. Trata-se de uma caça às bruxas que deve acabar imediatamente”, afirmou Trump na carta endereçada ao Brasil.
Trump oficializa tarifa de 50% sobre produtos brasileiros
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