A Petrobras anunciou uma série de resultados positivos no segundo trimestre de 2025, com destaque para o avanço da produção no pré-sal e o forte crescimento das exportações de petróleo bruto, especialmente para a China. A companhia também antecipou o início das operações da plataforma Alexandre de Gusmão, reforçando seu compromisso com a execução estratégica de seu plano de negócios.
Produção avança com destaque no pré-sal
A produção de petróleo da Petrobras alcançou novos patamares históricos no segundo trimestre. A companhia bateu recordes tanto na produção operada (que inclui parcerias com outras empresas) quanto na produção total própria, com destaque para os campos do pré-sal — que exigem operações em águas profundas e ultraprofundas, com alta complexidade técnica.
Um marco importante foi o início das operações da plataforma FPSO Alexandre de Gusmão, localizada no campo de Mero, na Bacia de Santos. Com capacidade para produzir até 180 mil barris de óleo por dia, a unidade começou a operar em 24 de maio, antecipando-se ao cronograma inicial. Esse avanço reforça a eficiência operacional da Petrobras e contribui diretamente para o aumento da produção.
Comparativo com trimestres anteriores
Ao comparar com o primeiro trimestre de 2025 e o segundo trimestre de 2024, observa-se crescimento na produção de óleo, sobretudo no pré-sal. Já no pós-sal profundo e ultraprofundos, a produção se manteve estável, demonstrando consistência operacional.
Refino, transporte e comercialização: expansão e estabilidade
No segmento de refino e distribuição, os resultados foram mistos. O volume de produção de diesel apresentou estabilidade em relação ao segundo trimestre de 2024, mas sofreu leve retração quando comparado ao primeiro trimestre de 2025. Já a gasolina mostrou crescimento, enquanto o querosene de aviação manteve resiliência diante da volatilidade do setor.
Outro destaque é a continuidade dos investimentos em refino e transporte, com a Petrobras buscando ampliar sua participação no mercado interno e fortalecer a cadeia de abastecimento nacional.
Exportações disparam: China e Singapura lideram
As exportações de petróleo bruto da Petrobras deram um salto expressivo, com a China ampliando sua fatia de participação de 36% para 54% entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025. O país asiático já havia sido responsável por 50% das compras no mesmo período de 2024, o que mostra sua crescente dependência do óleo brasileiro.
Outros mercados, como Europa e América Latina, apresentaram estabilidade ou recuo, enquanto os Estados Unidos surpreenderam com leve crescimento nas compras do segundo trimestre. Já as exportações para a Ásia (excluindo a China) caíram de 33% para 12%.
Derivados: Singapura domina as compras
No segmento de exportações de derivados de petróleo, Singapura se destacou, sendo responsável por impressionantes 63% das compras da Petrobras no segundo trimestre de 2025 — um avanço significativo ante os 40% do mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, os Estados Unidos reduziram sua participação de 37% no primeiro trimestre para 28% no segundo trimestre, consolidando uma mudança na dinâmica do comércio internacional da Petrobras.
O que esperar para os próximos resultados e dividendos?
Com o forte desempenho operacional e comercial, as expectativas do mercado se voltam agora para o resultado financeiro consolidado, que deve ser divulgado na próxima semana. O aumento expressivo na produção, combinado ao crescimento das exportações, pode gerar impactos relevantes nos lucros da estatal e, consequentemente, na distribuição de dividendos.
Historicamente, a Petrobras utiliza parte significativa de seu lucro para remunerar os acionistas. Assim, há expectativa de anúncio de novos dividendos, o que pode impulsionar ainda mais o interesse dos investidores, especialmente os que buscam renda passiva.
O segundo trimestre de 2025 foi marcado por avanços importantes para a Petrobras, tanto em termos de produção quanto de expansão no mercado externo. O protagonismo da China e de Singapura nas exportações evidencia a relevância da estatal no cenário energético global, especialmente em um contexto de crescente demanda por petróleo na Ásia.
A antecipação da operação da plataforma Alexandre de Gusmão e o recorde na produção no pré-sal mostram a solidez da companhia em sua execução estratégica. Esses resultados reforçam a confiança dos investidores e abrem caminho para dividendos mais robustos no próximo anúncio financeiro.
O post Exportações disparam e produção no pré-sal atinge recorde: o que esperar da Petrobras apareceu primeiro em O Petróleo.