Lula se manifesta após tarifaço e sanção contra Moraes: “Soberania”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou esta quarta-feira, 30, como o “dia sagrado da soberania”. A declaração do petista acontece após os Estados Unidos sancionarem o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e oficializarem o tarifaço de 50% contra produtos brasileiros.Durante evento de sanção da lei que proíbe o uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos, Lula se manifestou. “A gente conseguiu, às 17 horas, sancionar uma lei que defende a soberania animal. As criaturas de Deus que tem como habitat natural o planeta Terra, ou seja, não vão ser mais cobaias de experiências nesse país. Eu estou saindo daqui com pressa, porque eu vou me reunir ali para defender outra soberania. A soberania do povo brasileiro em função das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos”.

Então, hoje para mim é o dia sagrado da soberania, de uma soberania de coisas que eu gosto, dos animais e dos seres humanos.

Lula – Presidente do Brasil

O governo de Donald Trump sancionou o ministro Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky, utilizada para deferir punições a estrangeiros. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Tesouro norte-americano.Também nesta quarta, Trump assinou uma ordem executiva que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, aumentando o total para 50%. A medida, no entanto, prevê uma longa lista de exceções como aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos, além de insumos de maneira, suco de laranja e outros.

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Lula convoca reunião de emergênciaO presidente Lula convocou ministros para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto. Entre os chamados, estão os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias.Uma estratégia já definida pelo Planalto é que Lula dobre a aposta no discurso da defesa da soberania nacional. Para os ministros do presidente, o episódio, inédito na história das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, reforça a ideia que o governo Trump quer interferir indevidamente na Justiça brasileira.

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