A vacina contra a meningite meningocócica do sorogrupo B pode entrar para o Programa Nacional de Imunizações (PNI). A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) avalia essa proposta e abriu uma consulta pública sobre o tema.
Esse tipo de meningite é o mais comum no Brasil atualmente. Entre 2020 e 2024, o sorogrupo B causou 478 casos confirmados e 93 mortes por doença meningocócica invasiva. Apenas entre crianças de 0 a 4 anos, foram 232 casos nesse período.
Segundo o Dr. Alejandro Lepetic, Diretor Médico de Vacinas da GSK, garantir o acesso gratuito à vacina é essencial para proteger as crianças. “Ampliar a vacinação na rede pública fortalece o SUS e protege os grupos mais vulneráveis”, afirma.
Meningite pode evoluir rapidamente
A meningite meningocócica é uma infecção grave que atinge as membranas do cérebro e da medula espinhal. Em muitos casos, a doença evolui rapidamente e pode matar em menos de 24 horas. No Brasil, a taxa média de letalidade foi de 24% nos últimos anos. Além disso, entre os pacientes que sobrevivem, de 10% a 20% enfrentam sequelas como surdez, amputações ou lesões cerebrais permanentes.
Por isso, a vacinação é a principal forma de prevenção. A imunização pode evitar surtos, como os registrados em 2023 no Rio de Janeiro e em Alagoas.
Imunizante já está disponível na rede privada
Atualmente, a vacina contra o sorogrupo B pode ser encontrada em clínicas particulares. Sociedades médicas recomendam que crianças recebam três doses: aos 3, 5 e 12 meses. Para adolescentes que ainda não se vacinaram, são indicadas duas doses.
Com a inclusão da vacina no SUS, mais famílias terão acesso ao imunizante de forma gratuita. Isso representa um passo importante para a equidade no acesso à saúde e na prevenção de doenças graves.
O Brasil já oferece outras vacinas contra a meningite, como as dos tipos C e ACWY. Incluir o sorogrupo B no calendário público amplia a proteção e fortalece o sistema de imunização nacional.
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