Dia da Cerveja: como anda o mercado cervejeiro em BH?

Na primeira sexta-feira de agosto, o mundo ergue o copo para celebrar o Dia Internacional da Cerveja. Em Belo Horizonte, onde a cultura cervejeira invade as calçadas e enche os copos Lagoinha, a data vai além do brinde: é também uma oportunidade para aproveitar promoções e, principalmente, refletir sobre os caminhos desse mercado, seus desafios e conquistas, especialmente no segmento artesanal, que fez de Minas Gerais um dos maiores polos cervejeiros do país.

Você sabia disso? O Estado se destaca não só pela qualidade e diversidade de suas cervejas, mas também pelo número expressivo de cervejarias artesanais, com grande concentração na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Para entender melhor esse cenário, conversei com dois nomes que vivem a cerveja: Jaqueline Oliveira, educadora, sommelier e idealizadora da Escola Mineira de Sommelieria; e Max Falcone, mestre cervejeiro da Companhia Central de Bebidas e consultor técnico da Agrária Malte em Minas Gerais.

O espaço das mulheres no universo cervejeiro

Quando comecei perguntando para a Jaque como ela enxerga a presença feminina no mercado cervejeiro, a resposta veio carregada de histórias e dados que ajudam a dimensionar o avanço – e o caminho que ainda falta percorrer.

“A presença feminina cresceu muito nos últimos anos, com mais mulheres atuando como sommelières, mestre-cervejeiras, juízas, CEOs e até donas de cervejarias. Mas por ser um ambiente historicamente masculino, ainda enfrentamos questionamentos sobre conhecimento técnico e competência”, explica.

Jaqueline fala com propriedade: já formou 27 turmas de sommeliers e sommelières pela Escola Mineira de Sommelieria e participa da Confece, primeira confraria feminina de cerveja do Brasil, um coletivo de dez mulheres que completa 18 anos em 2025. “Avançamos bastante em representatividade e visibilidade, mas o setor ainda precisa garantir mais equidade”, completa.

Tendências que devem fermentar nos próximos anos

O papo com Jaqueline também trouxe um panorama rico sobre os movimentos mais promissores do mercado artesanal. Ela aponta algumas tendências que já estão fazendo barulho:

  • Formatos e experiências: latas criativas dominando o mercado, taprooms com propostas mais nichadas e eventos diferenciados que ajudam a “furar a bolha” e conquistar novos públicos.
  • Colaborações criativas: parcerias entre cervejarias e marcas de outros setores, além de fusões que tornam o mercado mais competitivo.
  • Cervejas funcionais: sem glúten, baixo carboidrato, pensadas para quem busca equilíbrio entre saúde e prazer.
  • Cervejas sem álcool: versões cada vez mais saborosas de estilos tradicionais.
  • Marketing com propósito: campanhas que falam a língua do consumidor e se conectam com temas como diversidade e sustentabilidade.

Entre tradição e inovação: os desafios do mercado cervejeiro

Max Falcone, que cresceu vendo de perto o trabalho do pai, Marco Falcone, nome de peso na cena cervejeira em Minas, traz uma visão realista sobre o momento do setor.

“O mercado mundial vive um cenário desafiador, e no Brasil não é diferente: só quem amadureceu e se profissionalizou continua competitivo”, afirma.

Ao ser questionado sobre se o consumidor de cerveja hoje busca mais inovação ou mais tradição, Max respondeu que o consumidor busca os produtos que pode pagar, que normalmente são as cervejas “Pilsen” — ou, melhor dizendo, as Standard Light Lager, mais acessíveis no mercado. Porém, observa-se cada vez mais uma forte tendência de consumo de cervejas inovadoras, como as sem carboidratos, de baixa caloria e sem álcool. “Acredito que será cada vez mais comum vermos o crescimento dessas tendências”, completa.

E sobre o legado familiar, Max resume com orgulho:

“Ser filho do Marco Falcone mudou completamente o meu jeito de ver a cerveja. Ele me ensinou que, mais do que produzir, é preciso construir um setor cervejeiro forte, com educação, qualidade e respeito à cadeia produtiva.”

Podemos dizer que Max Falcone tem honrado e representado muito bem a história de seu pai no setor.

E é claro, como bons apaixonados por cervejas, nós do Um Bar Por Semana BH fizemos um post que é quase uma utilidade pública.

Abrimos para comentários e marcações dos bares com as cervejas mais baratas da capital. E se você quer aproveitar o Dia da Cerveja pagando pouco, é só conferir clicando aqui.

SAÚDE!

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