As exportações de petróleo do Brasil para os Estados Unidos serão retomadas após a exclusão da commodity da nova tarifa de importação norte-americana. A decisão, anunciada pelo governo dos EUA, devolveu confiança às empresas de energia que operam no Brasil, como Petrobras, Shell, TotalEnergies, ExxonMobil e Equinor.
Segundo Roberto Ardenghy, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), a medida elimina a incerteza que havia paralisado os embarques durante grande parte de julho. O petróleo é atualmente a principal exportação brasileira para os EUA e, em 2024, o Brasil enviou ao país cerca de 243 mil barris por dia, dentro de um total de 1,78 milhão de barris exportados diariamente.
O que motivou a suspensão temporária dos embarques?
No início de julho, a incerteza sobre a inclusão do petróleo na tarifa de 10% imposta aos produtos brasileiros levou as empresas a interromperem os envios. Para evitar perdas, muitas companhias passaram a armazenar petróleo em navios de produção flutuantes e navios cargueiros, já que a viagem até os EUA leva cerca de 21 dias.
Com a nova decisão do governo norte-americano, as exportações brasileiras de petróleo foram oficialmente retiradas da lista de produtos tarifados, que incluiu apenas setores como suco de laranja, algumas aeronaves e celulose.
Impacto para Petrobras e outras companhias
A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a estatal não seria fortemente impactada mesmo que as tarifas tivessem sido aplicadas, já que haveria a possibilidade de redirecionar os embarques para mercados alternativos como Europa e Índia.
Ardenghy ressaltou que impor tarifas ao petróleo brasileiro seria uma decisão prejudicial para ambos os países:
“Impor tarifas sobre nossos produtos é um jogo em que todos perdem”, disse o executivo.
Com a medida, o fluxo comercial entre Brasil e EUA deve se normalizar já nas próximas semanas, fortalecendo a participação brasileira no mercado energético norte-americano.
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