A Petrobras anunciou que reduzirá os preços do gás natural fornecido às distribuidoras em 14% no trimestre, com início em 1º de agosto. A decisão foi tomada em meio à queda de 11% no preço internacional do petróleo Brent datado e à valorização de 3,2% do real frente ao dólar no período.
Segundo a estatal, os contratos com as distribuidoras preveem ajustes trimestrais de preços baseados nas variações do Brent e da taxa de câmbio. O corte estará vigente pelos próximos três meses, seguindo a política atual de reajustes contratuais.
Além de beneficiar consumidores e a indústria, a medida faz parte das ações do governo federal para reduzir os custos de energia e impulsionar a economia brasileira. Desde dezembro de 2022, a Petrobras já acumulou queda de 32% nos preços do gás natural doméstico.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vêm pressionando a empresa a aumentar a oferta e reduzir os preços, buscando ampliar a competitividade industrial.
A redução coincide com a produção recorde de gás no Brasil. Em maio, o país atingiu 172,3 milhões de m³/dia, alta de 18,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O crescimento é impulsionado por novos navios de produção no pré-sal, além da entrada em operação do gasoduto Rota 3 e de uma planta de tratamento no complexo Energias Boaventura, no Rio de Janeiro.
Apesar do aumento na produção, grande parte do gás ainda é reinjetada para manter a pressão dos reservatórios. Em maio, 95,5 milhões de m³/dia foram reinjetados, restando 55,4 milhões de m³/dia para comercialização.
A Petrobras também já promoveu reduções significativas nos preços do diesel e da gasolina desde a mudança na política de preços em 2023, abandonando a paridade de importação para priorizar o mercado interno.
Com os novos cortes, a expectativa do governo é reduzir custos para a indústria, incentivar a geração de empregos e reforçar o papel estratégico do gás natural na matriz energética brasileira.
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