O presidente-executivo da Chevron, Mike Wirth, reconheceu nesta sexta-feira (1º) que apenas uma quantidade limitada de petróleo da Venezuela será enviada aos Estados Unidos nas próximas semanas. A informação foi divulgada durante a teleconferência de resultados trimestrais da companhia, em meio às negociações da supermajor com o governo Trump sobre suas operações no país sul-americano, que segue sob sanções dos EUA.
Segundo Wirth, a Chevron continua em conversas com autoridades norte-americanas desde maio, quando sua licença para atuar na Venezuela foi reduzida. Na semana passada, surgiram relatos de que a empresa receberia permissão para retomar a produção de petróleo no país, desde que o regime de Nicolás Maduro não se beneficie financeiramente desses fluxos.
“Neste mês, parece que haverá uma quantidade limitada de petróleo que começará a fluir para os EUA a partir das operações na Venezuela nas quais temos interesse, em consonância com a política de sanções dos EUA”, afirmou Wirth.
O executivo destacou que o impacto financeiro dessa produção será pequeno e não alterará de forma significativa os resultados do terceiro trimestre da Chevron. No entanto, a receita obtida ajudará na redução da dívida da companhia ao longo do tempo.
Wirth reforçou ainda que todas as operações da Chevron continuarão seguindo rigorosamente as leis e sanções impostas pelos EUA, como ocorre em todos os países onde a petroleira tem presença.
A Chevron foi pressionada pelo governo Trump a encerrar suas atividades na Venezuela e chegou a ter um prazo inicial para retirada total em abril. O Departamento do Tesouro, porém, prorrogou a licença até 27 de maio, permitindo à empresa manter operações limitadas no país.
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