Os preços do petróleo bruto dispararam nesta semana, impulsionados por avanços comerciais entre Estados Unidos, União Europeia e China, além de crescentes riscos geopolíticos que pressionaram a oferta global. No entanto, um ultimato do ex-presidente Donald Trump sobre tarifas comerciais trouxe instabilidade e levou a uma retração no final da sessão de quinta-feira.
No fechamento, os contratos futuros do petróleo bruto leve encerraram a quinta-feira cotados a US$ 69,26 por barril, acumulando alta de US$ 4,10 ou 6,29% na semana.
Acordo entre EUA e UE dá início à recuperação
Na segunda-feira, um acordo histórico entre EUA e União Europeia suspendeu a ameaça de tarifas abrangentes e aumentou a confiança na cooperação energética de longo prazo.
A UE comprometeu-se a comprar US$ 750 bilhões em produtos energéticos dos EUA em três anos, além de anunciar US$ 600 bilhões em investimentos no país, reforçando as expectativas de crescimento do comércio global.
China volta à mesa de negociações
Na terça-feira, as negociações comerciais entre EUA e China em Estocolmo reacenderam esperanças de resolução de atritos de longa data entre as duas maiores economias do mundo.
Especialistas avaliam que um acordo poderia estimular fluxos comerciais globais, beneficiando setores como logística, transporte marítimo e indústria, que dependem fortemente do consumo de petróleo.
Geopolítica eleva prêmios de risco
No meio da semana, a atenção voltou-se para as tensões com Rússia, Irã e Venezuela, países que enfrentam ameaças de novas sanções internacionais.
Esse cenário fez o prêmio de risco disparar, com investidores buscando proteger seus ativos diante da possibilidade de restrições na oferta global de petróleo.
Trump lança ultimato e gera incerteza
O clima de otimismo sofreu um abalo quando Donald Trump impôs um prazo de 10 a 12 dias para a adoção de novas tarifas, caso não haja avanços nas negociações comerciais.
A medida provocou volatilidade imediata no mercado, levando investidores a reavaliar as projeções de demanda e oferta para as próximas semanas.
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