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Na rua, na chuva, em SalvadorSolo e ao lado do Kid Abelha, Paula Toller se apresentou na capital baiana muitas vezes, inclusive na Concha, onde cantou pela última vez em março de 2024, já com um show da turnê Amorosa.A recepção do público foi calorosa como sempre – agora, ela não vê a hora de repetir a dose e cantar mais uma vez para os fãs apaixonados do lado de cá.“Salvador tem uma vibração que mistura festa e resistência cultural de um jeito único. A Concha é um símbolo disso, é um lugar onde a emoção transborda, e o público me recebe sempre com uma energia que me atravessa inteira”, diz.E a energia é ainda maior quando o palco é um dos mais emblemáticos do estado. O show de março do ano passado foi um exemplo: no anfiteatro, os tradicionais balões vermelhos em formato de coração que a plateia segura em determinado momento do show ganham uma atmosfera ainda mais acolhedora. Segundo a cantora, a Concha Acústica tem um clima que mexe com qualquer artista.“Eu me lembro de estar no palco e sentir aquele mar de gente cantando junto, em comunhão. Voltar lá é como reencontrar velhos amigos. A gente retoma a conversa do ponto exato em que parou, com mais vida, mais histórias”, diz Paula.
| Foto: Divulgação
Caminhada longaApesar de ser uma celebração de 40 anos, a carreira de Paula é ainda mais longeva: remonta a 1981, quando foi fundado o Kid Abelha.A banda, uma das mais notáveis do pop rock, surgiu enquanto a cantora cursava Desenho Industrial e Comunicação Visual na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Lá, conheceu Leoni, que já fazia parte de outra banda, e passou a acompanhar seus ensaios.Não demorou muito até que entrasse na banda, que se tornou então Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens. O reconhecimento veio de cara, com a inclusão de duas faixas na coletânea Rock Voador, lançado pela Warner em 1982.Algumas mudanças de formação e muitas músicas marcantes depois, a banda acabou oficialmente em 2016. Desde então, Paula Toller Amora, mais ‘amorosa’ que nunca, trilha com passos ainda mais decididos sua carreira solo, que iniciou em 1998. Nos últimos anos, vem apostando em singles e shows Brasil afora, em que mescla novidades e suas raízes com o grupo.Hoje, quando olha para trás e pensa na própria trajetória, Paula enxerga integridade e fidelidade às escolhas que fez. Ao longo dessas quatro décadas, nunca deixou de colocar as canções e os palcos como prioridade, diz a cantora. “É bom saber que construí algo que ainda toca as pessoas e novas gerações continuam chegando. Tudo isso sem saudosismo, sem nostalgia, só muita alegria de viver e cantar”.Para ela, enquanto uma artista dona de uma carreira duradoura e consolidada, alguns elementos são cruciais para continuar trazendo inovações para o público. “Eu sigo curiosa, apaixonada por música e por aquilo que ela pode provocar em mim e nos outros. Reinvenção, para mim, é consequência. A gente muda, a arte muda junto”, reflete.Paula Toller: “Amorosa” /Amanhã, 18h / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / R$ 200 e R$ 100 / Vendas: Bilheteria Digital, Balcão de Ingressos Bahia (Shopping Barra), bilheteria TCA / Classificação etária: 16 anos*Sob supervisão do editor Chico Castro Jr.