‘O tarifaço dos EUA não é uma tragédia para o Brasil, é um despertar’, diz presidente do Sebrae

O presidente do Sebrae, Décio Lima, afirmou que o tarifaço sobre produtos brasileiros, anunciado pelo governo dos Estados Unidos, representa uma oportunidade para fortalecer a economia nacional e ampliar a atuação em novos mercados. A declaração foi feita após o presidente norte-americano, Donald Trump, assinar decreto que eleva para 50% as tarifas de importação de determinados produtos do Brasil.

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“A taxação dos EUA não é uma tragédia para o Brasil — é um despertar. Chegou a hora de agir com patriotismo e coragem. Vamos crescer com essa situação, incluindo as nossas cadeias produtivas”, disse Décio Lima. Para ele, o país tem condições de ampliar sua presença em outros territórios e mercados na economia globalizada.

O presidente do Sebrae considera que os principais impactos do tarifaço serão sentidos nos Estados Unidos. No Brasil, a expectativa é de que a resposta à medida reforce o sentimento de soberania. “Toda essa situação vai mostrar para nós aquilo que historicamente a gente não conseguia enxergar, que é a grandeza do nosso país”, afirmou.

Lima destacou também o papel dos pequenos negócios no cenário econômico atual, responsáveis por mais de 60% das vagas de emprego geradas e pela abertura de mais de 2,6 milhões de novas empresas neste ano. Para ele, a economia brasileira não será limitada pelas novas barreiras comerciais. “Não será uma porcentagem de taxa que querem impor ao modelo econômico brasileiro que irá nos limitar”, declarou.

Segundo levantamento do Sebrae, 68% das exportações dos pequenos negócios brasileiros são direcionadas às Américas, com destaque para América do Sul (28%) e América do Norte (24%). Nos últimos 10 anos, o número de pequenos empreendedores exportadores cresceu 120%. O volume comercializado por essas empresas teve aumento de 152% no mesmo período, alcançando US$ 2,8 bilhões em 2023.

Décio Lima também ressaltou os diferenciais da economia brasileira, como os biomas e a capacidade criativa da população. “O que está faltando é acreditarmos em nós, acreditar nessa produção e nesse espírito empreendedor do povo brasileiro”, concluiu.

Impacto segundo a Fiemg

A isenção da taxação extra dada por Donald Trump a quase 700 produtos brasileiros deve chegar a apenas 37% da exportação mineira, ou seja, 63% da pauta de exportação vai ficar de fora. O levantamento é da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais).

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