O Bitcoin enfrenta um momento decisivo ao testar a faixa de suporte entre US$ 113 mil e US$ 115 mil, considerada vital para a manutenção da tendência de alta. A pressão vem de dados econômicos dos Estados Unidos, que mostram enfraquecimento do mercado de trabalho e reforçam expectativas de que o Federal Reserve possa cortar juros já em setembro.
Nos últimos dias, revisões negativas nas estatísticas de emprego — com destaque para uma das piores leituras desde 2020 — aumentaram a percepção de que a política monetária atual está pesando sobre a economia. Embora setores como saúde e educação tenham adicionado 79 mil vagas, o restante da economia mostra sinais de desaceleração, com a taxa de desemprego subindo para 4,2%.
Analistas lembram que, historicamente, quedas expressivas no mercado de trabalho precederam períodos de lateralização ou recuo no preço do Bitcoin. A atual movimentação também coincide com uma zona técnica importante, marcada pela média móvel de 50 períodos no gráfico diário.
A liquidez do mercado segue como outro ponto de atenção. Indicadores mostram que o BTC ainda mantém atraso de cerca de três meses em relação às mudanças na liquidez global, o que pode indicar mais volatilidade no curto prazo.
Eventos macroeconômicos programados para agosto, como possíveis mudanças nas tarifas comerciais anunciadas pelo ex-presidente Donald Trump e o simpósio de Jackson Hole, também podem influenciar o comportamento dos preços. A decisão final sobre os juros, no entanto, será tomada apenas na reunião do Fed em setembro.
Enquanto isso, investidores seguem divididos: alguns apostam na manutenção do suporte e posterior retomada da alta, enquanto outros alertam para a possibilidade de queda até US$ 104 mil caso o nível atual seja perdido.
Independentemente do cenário, especialistas reforçam a importância de manter uma estratégia diversificada, com atenção redobrada ao contexto macroeconômico e aos movimentos de liquidez global.
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