O investidor e gestor Mark Yusco, fundador da Morgan Creek Capital, fez previsões ousadas sobre o futuro do Bitcoin, destacando uma possível valorização de cinco vezes no preço da criptomoeda. Segundo ele, essa alta pode ocorrer com a entrada de apenas 1% do capital global gerido por fundos institucionais, como BlackRock, Fidelity e fundos soberanos.
Bitcoin como revolução descentralizada
Yusco argumenta que o Bitcoin representa uma ruptura com o sistema financeiro tradicional ao permitir transações peer-to-peer, sem necessidade de intermediários como bancos ou governos. Ele destaca que essa nova “contabilidade de partidas triplas” — baseada em blockchain — garante segurança, transparência e soberania financeira.
“Eu posso enviar Bitcoin instantaneamente e de graça através das fronteiras. Sem taxas absurdas, sem intermediários”, resume Yusco.
Além disso, ele reforça o papel do Bitcoin como um ativo ao portador que oferece proteção contra a inflação e desvalorização monetária, ainda que apresente alta volatilidade no curto prazo.
Volatilidade não é sinônimo de risco
Yusco defende que a volatilidade do Bitcoin, embora intensa, é comparável à de grandes ações como a Amazon. Mais importante, diz ele, é a baixa correlação do Bitcoin com ativos tradicionais como ações e títulos.
Ativo | Volatilidade Anual (%) | Correlação com Títulos | Correlação com Ações |
---|---|---|---|
Bitcoin (BTC) | ~80% | 0,0 | 0,15 |
Ações (S&P 500) | ~15% | 0,5 | 1,0 |
Títulos do Tesouro | ~5% | 1,0 | 0,5 |
A ameaça da financeirização: risco de manipulação
Apesar do otimismo, Yusco também alerta para os riscos crescentes da financeirização do Bitcoin. Ele cita o uso de contratos futuros e ETFs como instrumentos que podem ser manipulados por grandes instituições para controlar o preço do ativo, assim como ocorreu no mercado do ouro.
“Em 2017, assim que a CME lançou futuros de Bitcoin, o preço despencou de US$ 20 mil para US$ 3 mil. Isso não foi coincidência, foi estratégia de grandes players para acumular barato”, afirmou.
A revolução silenciosa: criptoeconomia ganha tração global
A entrada de instituições financeiras tradicionais no mercado de criptoativos é vista como um divisor de águas. Comportas de capital global estão se abrindo lentamente, e até governos e bancos centrais estão explorando o uso de ativos digitais.
Mark Yusco conclui que o atual ciclo de mercado é apenas o começo de uma transformação financeira ainda mais profunda. Para ele, o Bitcoin está se tornando um ativo reconhecido globalmente — e cada vez mais indispensável.
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