Nos últimos meses, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sofreu um aumento considerável.
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Para transferências internacionais comuns e compras no exterior, a taxa saltou de 1,1% para 3,5%.
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No câmbio para investimentos internacionais, a taxa segue em 1,1%.
Na prática, isso significa que enviar dinheiro para familiares, pagar serviços ou fazer compras internacionais ficou significativamente mais caro.
💡 Estratégia 1: Pague só 1,1% de IOF usando a categoria “investimentos”
Muitos brasileiros têm utilizado uma brecha 100% legal: enviar o dinheiro para uma corretora internacional na categoria “investimentos”, pagando apenas 1,1% de IOF, mesmo que o objetivo final seja gastar esse valor no exterior.
Como funciona na prática:
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Abra conta em uma corretora internacional (Banco Inter Global, Nômade, Avenue, etc.).
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Envie o dinheiro como investimento – IOF cai para 1,1%.
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Invista em ativos de baixa oscilação, como o ETF TFLO, que replica títulos do Tesouro dos EUA.
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Após 5 dias, venda o ativo e use o saldo na conta internacional para compras ou saques.
📌 Importante: É preciso seguir exatamente o procedimento de investimento para não caracterizar fraude.
💡 Estratégia 2: Zere o IOF usando criptomoedas (USDT ou USDC)
Para quem quer economizar ainda mais, existe uma forma de não pagar nenhum IOF.
O método consiste em usar stablecoins – criptomoedas lastreadas no dólar, como USDT (Tether) ou USDC – para fazer a conversão.
Passo a passo:
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Compre USDT em uma exchange como a Binance usando reais.
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Câmbio mais barato: geralmente apenas alguns centavos acima do dólar comercial.
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Taxa de conversão: cerca de R$ 1,00.
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Envie o USDT para uma fintech que aceite stablecoins, como a Cash.
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Use o cartão internacional da fintech para fazer compras em dólar sem IOF.
Vantagens:
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IOF zero.
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Spread reduzido (1% ou menos).
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Compras em dólar sem taxas adicionais.
Desvantagens:
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Não é aplicável para investimentos tradicionais (ações, ETFs, etc.), pois corretoras reguladas não aceitam stablecoins como depósito.
📊 Comparativo de custos — qual método compensa mais?
Método | IOF | Spread médio | Taxa extra | Economia média |
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Câmbio tradicional (3,5%) | 3,5% | 2,5% | — | — |
Investimento (ETF TFLO) | 1,1% | 1,5% | — | ~60% |
Criptomoedas (USDT + Cash) | 0% | 0,7% | R$ 1,00 | ~90% |
⚠️ Pontos de atenção
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Mudanças na legislação: O governo pode alterar regras para fechar brechas no IOF.
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Tempo mínimo de investimento: Para a estratégia do ETF, é preciso manter o ativo por pelo menos 5 dias.
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Segurança: Em criptomoedas, escolha redes baratas (Polygon, TRON) e sempre confira o endereço antes de transferir.
Para quem quer investir no exterior, o caminho mais vantajoso é usar a categoria de investimento no câmbio, pagando apenas 1,1% de IOF.
Para quem quer gastar em dólar no exterior, o uso de stablecoins com fintechs como a Cash oferece IOF zero e taxas muito menores.
No cenário atual, conhecer essas estratégias pode significar economizar centenas de reais a cada transferência ou viagem.
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