Na véspera da entrada em vigor das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos, o mercado financeiro brasileiro mostrou resiliência. O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira (6) praticamente estável, com leve baixa de 0,01%, cotado a R$ 5,50 para venda. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), avançou 0,14%, fechando aos 113.151 pontos.
Alívio momentâneo após prisão de Bolsonaro
A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou apreensão nos mercados pela manhã. Investidores temiam que o episódio pudesse dificultar as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, especialmente com a iminente implementação do pacote tarifário americano.
Apesar do aumento na cautela, o mercado encontrou algum alívio com a ausência de manifestações mais duras por parte de Donald Trump. Analistas destacam que o silêncio do ex-presidente norte-americano sobre o Brasil contribuiu para reduzir a tensão momentaneamente.
Até agora, o único posicionamento oficial vindo de Washington foi uma condenação genérica da medida contra Bolsonaro, feita pelo Departamento de Estado dos EUA. Não houve, no entanto, sinalização clara de retaliações ou impactos concretos nas relações bilaterais.
Reação moderada dos ativos
A volatilidade marcou a sessão, mas tanto o câmbio quanto a bolsa encerraram o dia sem grandes movimentos. A leve alta do Ibovespa refletiu uma combinação de fatores técnicos e alívio temporário nas incertezas políticas. No entanto, especialistas alertam que o cenário segue instável e depende de novos desdobramentos tanto no campo político quanto nas negociações comerciais com os Estados Unidos.
Com o “tarifaço” prestes a entrar em vigor e o ambiente político brasileiro ainda turbulento, os investidores permanecem atentos aos próximos passos de Washington e Brasília. A programação econômica das próximas 24 horas segue intensa, com destaque para análises e entrevistas sobre os impactos das medidas tarifárias e o rumo do mercado doméstico.
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