“A qualidade do trabalho legislativo não se mede por quantidade de requerimentos, mas pela efetividade das entregas”, afirma Pegorini que desconconversa sobre uma possível candidatura em 2026

ITAJAÍ (SC) – O presidente da Câmara de Vereadores de Itajaí, Fernando Pegorini (PL), fez um balanço positivo do primeiro semestre legislativo de 2025 e adiantou os principais temas que devem pautar os trabalhos no segundo semestre.

Em entrevista, Pegorini destacou as mudanças estruturais no parlamento, avanços em temas sensíveis da cidade e reforçou o compromisso com a qualificação técnica da Casa.

“Buscamos celeridade nos trabalhos e organização da estrutura administrativa desde o início da gestão”, afirmou Pegorini. Entre as ações destacadas está a reformulação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que passou de três para cinco membros e de um para quatro relatores. Segundo o presidente, a mudança acelerou a tramitação dos projetos e permitiu respostas mais rápidas às demandas da população.

Pegorini também mencionou projetos com grande repercussão social, como a regulamentação dos ciclomotores, bicicletas elétricas e veículos autopropelidos. Ele foi o autor do requerimento que resultou na primeira audiência pública sobre o tema na história da Câmara. “É um tema que impacta diretamente a mobilidade urbana e a segurança da população”, justificou, mencionando inclusive fatalidades recentes envolvendo esses veículos.

A atuação do Legislativo também foi decisiva em ajustes na legislação sobre o transporte coletivo, que, segundo o presidente, corria risco de colapso sem uma rápida intervenção. “Precisamos destravar leis antigas e adaptar à realidade atual, sob pena de o transporte público parar na cidade”, explicou.

Novidades e entregas administrativas

No campo administrativo, Pegorini anunciou a inauguração de uma nova lanchonete no prédio da Câmara, prevista para a segunda quinzena de agosto. “Queremos um espaço de acolhimento para servidores, parlamentares e a população”, disse.

Outro ponto de destaque é a implantação do programa de estágio na Câmara e a parceria com universidades locais, que resultou na criação de uma pós-graduação em Poder Legislativo e Processo Legislativo, voltada para vereadores e servidores. “A qualificação tem sido uma marca da nossa gestão”, reforçou.

Em busca de mais transparência, a Câmara também deverá contar com sinal aberto de TV. Em reunião recente com o Ministério das Comunicações, foram alinhados os últimos passos para que as sessões passem a ser transmitidas por canal aberto.

Segundo semestre: temas espinhosos e expectativa positiva

Entre os temas que devem dominar a pauta do segundo semestre está o projeto do Executivo Municipal sobre internação involuntária de dependentes químicos, que já tramita na Câmara. “É uma proposta ousada, mas necessária. A cidade precisa dar continuidade ao trabalho iniciado no início do ano com a Secretaria de Segurança e a Assistência Social”, afirmou Pegorini.

Outros assuntos em discussão incluem educação, segurança pública e mobilidade urbana. Uma audiência pública sobre o trânsito no entorno do ferry boat entre Itajaí e Navegantes já está sendo organizada. “Queremos tratar essa questão regionalmente, com regras harmonizadas entre os municípios”, disse o presidente.

Um adicional suplementar para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, aprovado recentemente, permitirá o investimento integral em cursos profissionalizantes, antes divididos com gastos administrativos da extinta FEAP. O objetivo, segundo Pegorini, é qualificar a mão de obra local e reduzir gargalos de formação.

Eleições 2026: Pegorini desconversa, mas não descarta candidatura

Questionado sobre uma possível candidatura em 2026, Pegorini preferiu adotar cautela. “Não está no meu radar uma pré-candidatura neste momento”, declarou. No entanto, admitiu que pode aceitar o desafio se for convocado pelo grupo político ao qual pertence. “Se entenderem que eu devo liderar esse processo, estarei à disposição”, completou.

Ao final da entrevista, o presidente reforçou que a prioridade continua sendo a entrega de resultados concretos à sociedade. “A qualidade do trabalho legislativo não se mede por quantidade de requerimentos, mas pela efetividade das entregas”, concluiu Pegorini que reintera que a eficácia do trabalho do vereador não pode ser medida pelo número de requerimentos ou indicações, mas sim o quanto que destes pedidos foram devidamente atendidos pelo poder público, que, segundo o presidente, não tem feito distinção entre oposição e situação.

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